08 set, 2017 - 06:35
O México foi abalado esta sexta-feira de madrugada pelo maior sismo das últimas décadas a atingir o país, segundo as autoridades. Há pelo menos 15 mortos confirmados.
Os primeiros dados indicavam um tremor de terra de 8 graus na escala de Richter, mas a magnitude foi revista para 8.2, igualando a força do sismo de 1985, que fez milhares de mortos e destruiu muitos edifícios. O abalo foi sentido no centro e sul do país e causou pânico entre a população. Há áreas sem electricidade e foram sentidas várias sequelas, algumas com magnitude de 5 graus na escala de Richter. Na Guatemala também foi sentido com grande intensidade.
Há noticia de escolas, hospitais e hotéis danificados nos estados de Chiapas, Cidade do México e Oaxaca, onde os alunos receberam indicação para ficar em casa, até que sejam avaliadas as condições estruturais dos estabelecimentos de ensino.
O presidente Enrique Peña Nieto, em declarações à "Televisa", disse que, para já, não há informações sobre danos consideráveis, nem materiais nem humanos e começa por sublinhar que o sismo foi de tal forma forte que milhões de mexicanos o sentiram.
“50 milhões de pessoas sentiram este sismo. Que dados temos até agora? Não temos indicação, até este momento, de danos maiores de infra-estruturas ou de feridos ou vítimas mortais em número maior”. Na altura em que o Presidente falava o número oficial de mortos era de cinco, entretanto subiu para 15.
Peña Nieto garantiu que todos os organismo do estado estão a acompanhar a situação, e que em concreto, a defesa civil está em campo. Explicou que já houve mais de 40 réplicas, algumas deles de grande intensidade mas alertou que, segundo a experiência dos técnicos do Centro Nacional de Prevenção de Desastres, é de esperar uma réplica superior a 7 graus, nas próximas horas.
“É de esperar, pode ocorrer uma réplica – e atenção, já
tivemos 42 réplicas, a maior delas com 6,1 graus. Como diz a experiência
do Centro Nacional de Prevenção de Desastres, pode ocorrer uma réplica, nas próximas
24 horas, de um grau abaixo do sismo desta manhã. Quer dizer, de 7,4 graus.
Temos de estar atentos.”
Com o epicentro a registar-se no mar, a 123 quilómetros da cidade de Pijijiapan, e a uma profundidade de 33 quilómetros, o Centro de Avisos de Tsunami do Pacífico confirma a existência de um tsunami embora este seja menor do que o esperado, registando no máximo 70 centímetros.
[Notícia actualizada às 9h48, com revisão do número de mortos]