14 mai, 2024 - 17:22 • Lusa
A escritora canadiana Alice Munro, que se destacou como contista, vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2013, morreu aos 92 anos, noticiou esta segunda-feira o jornal de Toronto The Globe and Mail, que cita fontes familiares.
Alice Munro foi uma escritora que se afirmou literariamente ao abordar nos seus escritos temas como a escuridão e o desejo na vida quotidiana, tendo sido também distinguida com o Prémio Man Booker Internacional em 2009.
A escritora, que ficou conhecida como a "Tchekhov canadiana" morreu, depois de ter sofrido de demência durante mais de uma década.
Quando venceu o Prémio Nobel da Literatura (o primeiro para o Canadá), a academia elogiou a "narrativa afinada" da escritora, "que se caracteriza pela clareza e pelo realismo psicológico", definindo-a como "mestre do conto contemporâneo". As suas histórias passam-se frequentemente em pequenas localidades, onde a luta por uma existência socialmente aceitável muitas vezes resulta em relações tensas e conflitos morais — problemas que resultam de diferenças geracionais e ambições de vida que colidem.
Juntamente com o marido, estabeleceu-se em Victoria, em British Columbia, onde o casal abriu uma livraria. Apesar de ter começado a escrever histórias quando ainda era adolescente, só publicou o seu primeiro livro em 1968, a coleção de contos "Dance of the Happy Shades" (Dança das Sombras Felizes), que recebeu uma atenção considerável no Canadá.
Munro é sobretudo conhecida pelos seus contos e publicou muitas coleções ao longo dos anos.