05 set, 2017 - 20:50 • Olímpia Mairos
D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, apela à necessidade de uma cultura de “maior cuidado da natureza e da criação, uma cultura anti-incêndios” para que o prevenir e o evitar “aconteça logo desde a primeira infância” e seja uma cultura que “entra em todos os lugares onde habitamos e em todas as pessoas”, porque, refere, “esta guerra à casa comum torna-se impossível”.
“Apetece-nos dizer àqueles que têm o governo central e governo autárquico: por favor, entendam-se e encontremos juntos caminhos para esta nova cultura da vida e do cuidado da criação”, apela o bispo transmontano.
O prelado defende uma protecção civil preventiva “desde as escolas de infância, desde a família”, para que seja “abrangente”. “Tal como temos já outras formas assumidas da prevenção rodoviária, da prevenção de tantas doenças, de tantos males”, exemplifica.
“Que entre no nosso quotidiano, nos hábitos mais simples da relação entre as pessoas e, de modo especial, na família, este cuidado pelo bem maior”, realça.
Para D. José Cordeiro “a casa comum [a natureza] é de todos, e deve ser cuidada por todos, porque é para o bem de todos”.
A Igreja tem assumido um papel importante na consciencialização pelo cuidado da natureza, mas, D. José Cordeiro entende que “é preciso ir mais longe”.
“Há muito a fazer e somos todos corresponsáveis nesta educação que é a favor da humanidade, do ser humano, do sentir da própria vida e da beleza da criação onde habitamos. Esta é a casa onde todos habitamos e devemos cuidar dela com o máximo de carinho, de responsabilidade, de atenção e ninguém está dispensado disso”, conclui.
D. José Cordeiro falava aos jornalistas no Santuário de Nossa Senhora da Serra, em Rebordãos, Bragança, onde esta terça-feira foi prestada homenagem aos soldados da paz pela missão heroica que desempenham em favor da sociedade.
Assinalando o Dia Internacional da Caridade, os bombeiros voluntários do concelho de Bragança ofereceram ao santuário uma imagem de Santa Teresa de Calcutá, benzida pelo bispo da diocese, que ficará à veneração popular neste templo mariano onde acorrem anualmente milhares de fiéis.