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UGT quer saber quantos trabalhadores podem ir para reformas antecipadas

04 mai, 2017 - 22:26

Carlos Silva entende que é preciso agora "ver quanto é que isto custa" para depois a UGT poder avaliar "se tem condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".

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A UGT pede "números exactos" sobre número de trabalhadores abrangidos pelo novo regime das reformas antecipadas e sobre o impacto orçamental do regime para avaliar se tem "condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".

Carlos Silva, líder da UGT, afirmou aos jornalistas, após a reunião com os restantes parceiros sociais e com o Governo para discutir o novo regime das reformas antecipadas, que o Governo "só hoje distribuiu em mãos um documento relativamente extenso" sobre esta matéria, em que apresenta as condições para alterar o regime sem "fazer perigar a sustentabilidade da Segurança Social".

Sublinhando que o Governo "não fez o levantamento exaustivo" sobre "qual é o universo de trabalhadores e quanto é que custa" as novas regras de acesso às reformas antecipadas, Carlos Silva disse que o executivo vai "fazer uma estimativa que será apresentada na próxima reunião", que deverá ocorrer a 16 de Maio.

No entanto, o secretário-geral da UGT acrescentou que, segundo o Governo, o objectivo da organização sindical de permitir a reforma antecipada aos trabalhadores com 60 anos de idade e 40 de contribuições "estoirava o orçamento da Segurança Social e a curto prazo", na medida em que "custaria centenas de milhões de euros" e "no curto prazo".

Face a esta realidade, Carlos Silva entende que é preciso agora "ver quanto é que isto custa" para depois a UGT poder avaliar "se tem condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".

O sindicalista considerou que a documentação hoje entregue pelo Ministério do Trabalho é "muito técnica" e disse que "os parceiros queixaram-se disso", defendendo que "acaba por ser um pouco redutor estar com um documento desta dimensão e com este enquadramento excessivamente técnico a discutir [soluções] do ponto de vista político".

Carlos Silva adiantou ainda que "números exactos em relação ao universo e a quanto é que custa só [deverão ser disponibilizados] na próxima reunião" e que os parceiros sociais terão agora "até quinta-feira" para "fazer chegar ao Governo um comentário a este documento e, naturalmente, contributos".

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