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Autarca de Mação desolado. “A área ardida já é tanta"

17 ago, 2017 - 06:45

Incêndio de Mação é o que mais meios mobiliza nesta quinta-feira de manhã. Quase 1500 operacionais combate três grandes fogos.

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O fogo consumiu casas devolutas e voltou a ameaçar aldeias em Mação, tendo chegado mesmo a cercar a sede de concelho durante a madrugada desta quinta-feira. “Já não faço prognósticos”, diz o autarca.

“Já não digo nada. As coisas têm-nos surpreendido sempre pela negativa, quer em termos de equação do incêndio quer de meios no terreno. Infelizmente, a área ardia já é tanta e a devastação tão grande que provavelmente o incêndio acabará por se extinguir, espero eu”, afirmou Vasco Estrela à Renascença, no início da madrugada.

“É desmoralizador perceber o que aconteceu, mas temos de encarar a realidade e o que aconteceu e tentar dar a volta à situação”, remata.

O concelho de Mação foi fustigado pelas chamas no final do mês passado e volta agora a ser atingido por um fogo que começou às 00h01 de terça-feira. Vasco Estrela fala em, pelo menos, 30 mil hectares de área ardida: "80 a 90% do concelho" no total, afirmou à agência Lusa.

Por causa das chamas, a A23 foi cortada ao trânsito entre o nó de Mouriscas e o nó de Gardete, mas foi reaberta pelas 5h20. Duas estradas nacionais continuam cortadas: EN 244 e a EN 3.

Nesta quinta-feira de manhã, as preocupações da Autoridade Nacional da Protecção Civil estão também viradas para o incêndio que lavra em Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, onde estão mais de 400 operacionais a lutar contra várias frentes activas.

Por precação, foi necessário retirar pessoas de várias aldeias durante a noite. Vale das Onegas, Saramaga e Tojeira foram as aldeias evacuadas. As pessoas passaram a noite na Santa Casa da Misericórdia do Sardoal.

Em Ribeira da Pena, no distrito de Vila Real, um incêndio já dominado mobiliza 189 operacionais e 57 meios terrestres.

No total, a combater estes três grandes incêndios, estão 1.429 operacionais, apoiados por 431 meios terrestres.

Comentários
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  • Luisa
    17 ago, 2017 Setúbal 10:52
    Quem é que está interessado em destruir o Pinhal Interior? Porque é que ninguém da classe do poder iniciou uma investigação judiciária a sério para saber quem está a incentivar os pobres de espírito e económico a tornarem - se criminosos?
  • Alexandre Rego
    17 ago, 2017 Lisboa 10:30
    Um regime moribundo, uma sociedade zombie.
  • José Seco
    17 ago, 2017 Lisboa 09:14
    É tempo de voltar a ter guardas florestais para apanhar os putos que andam a meter fogos mandados obviamente alguém!
  • Punição
    17 ago, 2017 Port 08:50
    Sem contemplações para os incendiários e seus mandantes! É impossível não estar a haver uma actuação concertada no atear dos fogos! Alguém está por detrás disto para desestabilizar e amedrontar as populações! Bandidos e terroristas também os há por cá com outras roupagens! Caça aos incendiários como se fossem coelhos!...
  • Luis
    17 ago, 2017 Lisboa 08:42
    Já se admite a possibilidade de haver organizações criminosas a incendiar. Os objetivos podem ser diversos. Podem ser os do costume e mais outros. Nunca se verificou tanto fogo em simultâneo por todo o País e a deflagrar em locais estratégicos e a todas as horas do dia. Os Pafiosos não podem com o governo das "extremas radicais". Segundo as sondagens as próximas eleições não vão correr nada bem para a Pafioseira. Não é para admirar que hajam para aí alguns "Pafiosozinhos" a forçar a vinda do diabo. Que eles se aproveitam muito dos incêndios não há dúvida. As policias investigam pelo que vamos ver se desta vez não são os habituais tolinhos e bêbadozinhos lá da terrinha.

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