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79% de Portugal continental em seca severa e extrema

03 ago, 2017 - 08:43

Temperatura mais alta, 46,2 graus, registou-se em Amareleja, distrito de Beja, no dia 13 de Julho.

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Quase 79% de Portugal continental encontrava-se em Julho em situação de seca severa e extrema, segundo o boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que caracterizou aquele mês como “quente e muito seco”.

O boletim disponível no site do IPMA indica que no final do mês de Julho 78,8% de Portugal continental estava em seca severa (69,6%) e extrema (9,2%).

De acordo com o boletim, no final do mês de Julho mantém-se a situação seca meteorológica em quase todo o território de Portugal continental, verificando-se um desagravamento na região interior Norte e um agravamento no interior do Alentejo.

No documento é indicado que 69,6% de Portugal continental estava em Julho em seca severa, 9,2% em seca extrema, 16,5% em seca moderada, 4,2% em seca fraca e 0,5% em normal.

No final do mês de Junho cerca de 80% de Portugal continental estava em seca severa (72,3%) e extrema (7,3%).

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

No relatório, o Instituto classificou o mês de Julho em Portugal continental como “quente e muito seco”, tendo sido registada uma onda de calor no período de 12 a 17, com a duração de 6 a 7 dias nas regiões do interior.

De acordo com o IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar foi de 30,2 graus, o 11.º mais alto desde 1931. O valor médio da temperatura mínima do ar, 15,26 graus Celsius foi inferior em 0,4 graus ao valor normal.

Os dias 2 e 4 e o período de 12 a 17 de Julho foram muito quentes, com valores muito altos da temperatura máxima, adianta o IPMA.

“Em Portugal continental, o dia 13 de Julho foi o mais quente com 27,3 graus de temperatura média (mais 5,0 graus em relação ao normal), 36,4 graus de temperatura máxima (mais 7,7 graus) e 18,2 graus de mínima (mais 2,5 graus) ”, segundo o relatório.

Naqueles períodos, indica o Instituto, observaram-se valores da temperatura máxima maior ou igual a 35 graus (dias muito quentes) em mais de 50% das estações meteorológicas.

Foram também registados naqueles períodos valores da temperatura máxima superiores a 40 graus nas regiões do interior, salienta o documento, destacando a ocorrência de cinco dias consecutivos em Amareleja e Neves Corvo, no distrito de Beja.

O valor de temperatura mais alto, 46,2 graus registou-se em Amareleja, distrito de Beja, no dia 13.

Comentários
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  • Luis
    03 ago, 2017 Lisboa 11:17
    Esta situação vai ser uma constante nos próximos anos. A DireitalhoPafiosa como grande defensora dos lobbys florestais em vez de exigir ao governo estudos sérios e legislação adequada relativamente à floresta que devemos ter no futuro continua a cavalgar a onda dos incêndios e das suas vitimas convencida que isso é que lhes vai dar votos. Portugal sem uma floresta devidamente adequada às condições climáticas futuras vai continuar a ser uma autêntica bomba de Napalm que todos os anos deflagra para prejuízo dos Portugueses e de Portugal e para enriquecimento de alguns.
  • A culpa
    03 ago, 2017 Lis 10:47
    É do governo e do Costa. O PSD e o CDS exigem a demissão do governo!...

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