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Crise na Venezuela. Rui Machete faria igual a Santos Silva

03 ago, 2017 - 15:46

O anterior ministro dos Negócios Estrangeiros considera que o seu sucessor "tem que ser cauteloso e tem que avaliar, porque o princípio fundamental é o de proteger os portugueses”.

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O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, diz que, se estivesse hoje no governo, adoptaria em relação à Venezuela uma estratégia semelhante à do actual Executivo

Em declarações à Renascença, numa altura em que o executivo de António Costa é criticado pela esquerda e pela direita, Rui Machete defende que o ministro Augusto Santos Silva deve ser “cauteloso”.

“Não tenho o grau de informação, hoje, que ele tem como ministro dos Negócios Estrangeiros, mas penso que ele tem que ser cauteloso e tem que avaliar, porque o princípio fundamental é o de proteger os portugueses”, defende o antigo chefe da diplomacia do Governo de coligação PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho.

Rui Machete considera que a posição do Partido Comunista, que apoia o regime de Nicolás Maduro, “é absolutamente tola, porque a comunidade está contra e está a sofrer com aquele regime”.

Apesar de compreender as cautelas, o antigo ministro defende que é preciso usar uma “linguagem forte” para denunciar a “verdadeira fraude” que foi a eleição de domingo para a Assembleia Constituinte.

“Acho que algumas declarações no sentido de condenar esta eleição, que é uma verdadeira fraude, deve ser feita e aí a linguagem dever ser forte, mas, em relação às sanções, há que pensar duas vezes.”

Portugal não deve dar o primeiro passo no que toca a sanções à Venezuela e actuar em sintonia com a União Europeia, afirma Rui Machete.

“Não temos que ser nós a dar o primeiro passo. Em princípio, a menos que haja outras informações que eu não tenha, não daria o primeiro passo”, sublinha.

Questionado se o Governo já devia avançado com um plano de contingência para retirar os portugueses na Venezuela, Machete considera que o importante é preparar o plano.

“Pode-se anunciar que o Governo está atento e, portanto, se for necessário, há planos que terão de ser postos em execução”, conclui o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros.

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  • António Lapa
    03 ago, 2017 AMADORA 22:43
    Em matéria de política externa poderíamos prescindir de ministério dos negócios estrangeiros. Basta alinhar com a UE. O sr. Santos Silva daria um bom porta voz dos negócios estrangeiros. Este país não tem estatuto para ter uma opinião própria.
  • António Lapa
    03 ago, 2017 AMADORA 22:35
    Estou de acordo, um subsídio de, pelo menos, 2500,00 € mensais, uma vivenda junto ao mar e viagens pagas, de avião, para tratar dos negócios na Venezuela.
  • carlos
    03 ago, 2017 sesimbra 19:01
    e a Turquia não se condena?
  • Almocreve
    03 ago, 2017 Lisboa 18:54
    E eu também faria igual... Se, porventura, fosse igual a eles.
  • 03 ago, 2017 17:59
    Ou melhor, estão atados. Não é só os emigrantes, também os negócios.
  • luis
    03 ago, 2017 Lisboa 17:54
    Mais um senhor que se calou com a fraude das eleições americanas...
  • F Soares
    03 ago, 2017 A da Gorda 17:30
    Mais um truque editorial da Renascença. Onde é que isto é noticia ? Pode ser provada ? Não!
  • José Brás
    03 ago, 2017 Montemor-o-Novo 17:27
    E qual é a diferença entre Machete e este Silva? Só a idade, acho eu.
  • António
    03 ago, 2017 Leiria 17:12
    Não é um grande exemplo. Que se cuide o actual
  • rfm
    03 ago, 2017 Coimbra 16:47
    ... ficamos á espera da ação deste senhor, enquanto Ministro dos Estrangeiros, em relação a umas questões de Angola ? Não se chegou a saber bem como ficou / ficaram ?

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