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Seminaristas de Bragança em campo pastoral na cidade de Mirandela

02 ago, 2017 - 12:07 • Olímpia Mairos

Colocar os jovens em contacto com a realidade pastoral da diocese e sensibilizar a comunidade para a importância do Seminário é o objectivo da iniciativa.

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O Seminário de S. José, da diocese de Bragança-Miranda, está a realizar um campo pastoral na cidade de Mirandela.

Participam 11 jovens: um a frequentar o ano pastoral, quatro do Seminário Maior e seis do Seminário Menor que, assim, têm oportunidade de viver estes dias em permanente contacto com a Unidade Pastoral Senhora do Amparo e conhecer melhor a realidade pastoral desta diocese transmontana.

O objectivo da iniciativa é “colocar os seminaristas em contacto com a realidade pastoral da diocese e também colocar as pessoas na óptica de uma maior sensibilidade para acolher o Seminário e para se preocuparem com a formação dos novos padres”, refere o vice-reitor, padre António Magalhães.

Ao longo destes dias têm sido várias e diversificadas as actividades “em contacto com paróquias urbanas e paróquias rurais”.

São actividades diversificadas, entre o desporto, a liturgia, a oração e o convívio com as pessoas”, salienta o Pe. António Magalhães.

Até domingo, os seminaristas vão participar nas celebrações diárias das festas da Senhora do Amparo e da cidade de Mirandela. Também está prevista uma visita à aldeia de Pereira, considerada a aldeia eucarística da diocese.

“Sendo os seminaristas aqueles que no amanhã vão celebrar a eucaristia, faz todo o sentido que conheçam os milagres ocorridos nesta aldeia», salienta o padre António Magalhães.

No sábado, D. José Cordeiro, bispo da diocese de Bragança-Miranda, junta-se ao grupo e à equipa formadora, e preside a uma eucaristia aberta a toda a comunidade mirandelense.

Conhecer melhor a realidade diocesana

Fábio Barreira tem 19 anos. É estudante em Macedo de Cavaleiros e é pré-seminarista. Está a gostar da experiência e refere que é “uma forma muito importante de mostrar aos jovens seminaristas como será a vida futura deles, enquanto escolha do sacerdócio”.

“Permite-nos conhecer melhor a diocese e paróquias que talvez não tenham tanto conforto, tanta atenção por parte de jovens”, diz à Renascença.

O jovem tem-se dado conta, através desta experiência, que “há pessoas que vivem sozinhas, que precisam de apoio, de atenção e, muitas vezes, para isso, um simples mimo pode ser fundamental para elas”.

Fábio ainda não sabe se vai ser sacerdote, mas admite essa possibilidade. “É talvez o meu sonho”, afirma, realçando que “o sacerdócio, mais do que uma profissão, representa Cristo na terra”.

Jorge Miguel está no sexto ano de Teologia, tem 23 anos e já foi instituído como acólito. No próximo ano deverá ser ordenado sacerdote.

O jovem considera que a experiência no campo pastoral tem duas dimensões muito importantes. A primeira é de “estabelecer uma relação autêntica e verdadeira com os membros do Seminário e com os sacerdotes” e a segunda é a “vivência daquilo que é a pastoral diocesana”.

“Mais do que um campo de férias, mais do que um tempo de divertimento, é um tempo de perceber aquilo que a nossa diocese precisa e perceber a forma como os sacerdotes vivem o seu ministério sacerdotal. Por isso, é importante para aqueles que se preparam para um dia pertencer ao presbitério, conhecer mais a realidade, conhecer melhor as dificuldades, mas também as alegrias e as esperanças de cada realidade, ao mesmo tempo que se dão a conhecer aos fiéis”.

“E têm sido muitas as pessoas a dizerem que rezam por nós diariamente, a partilharem aquilo que têm connosco”, salienta o jovem.

Jorge Miguel realça que “é uma experiência que os enriquece duplamente, como comunidade e como comunidade que está aberta à diocese”.

Quando perguntamos se é seu desejo ser padre, Jorge Miguel responde que “mais do que ser o nosso desejo pessoal é o corresponder à vocação, e isso é mais importante do que o nosso desejo”.

“É corresponder à vocação na total liberdade e doação, para corresponder a Deus e aos seus desígnios. Na caminhada de Seminário é isso que se faz, o discernimento deste desejo de Deus, que nós tomamos como próprio”, conclui o jovem.

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