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​Trabalhadores da Autoeuropa rejeitam pré-acordo

29 jul, 2017 - 01:43

Pode estar em causa, pelo menos, uma parte da produção do novo modelo, afirma a Comissão de Trabalhadores, que negociou o entendimento com a administração.

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Uma maioria esmagadora dos trabalhadores da Autoeuropa rejeitou esta sexta-feira o pré-acordo alcançado pela Comissão de Trabalhadores (CT) para a implementação de novos horários por turnos mediante uma compensação financeira de 175 euros acima do valor previsto na legislação.

Um total de 74,8% dos trabalhadores rejeitou o entendimento alcançado com a administração da empresa para a implementação dos novos horários por turnos, que obteve apenas 23,4% de votos favoráveis num universo de 3.472 votantes.

"Conseguimos negociar uma compensação financeira para os horários que a empresa pretende implementar para assegurar a produção do novo veículo T-Roc, sendo que esses horários são legais e deverão ser aplicados pela empresa, apesar desta votação", disse à agência Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, Fernando Sequeira.

"Receio que os trabalhadores que votaram pelo `não´ ao pré-acordo não tenham percebido que pode estar em causa, pelo menos, uma parte da produção do novo veículo T-Roc na Autoeuropa", acrescentou o coordenador da CT, que se escusou a explicar até que ponto a recusa do pré-acordo poderá comprometer o futuro da fábrica de Palmela.

Em comunicação enviada sexta-feira aos funcionários da Autoeuropa, o responsável pelos Recursos Humanos e Produção da Volkswagen, Jürgen Haase, lembrava que a Volkswagen tinha investido muito dinheiro para produzir o novo veículo T-Roc na fábrica de Palmela, advertindo também que os níveis de produção previstos exigiam novos horários, de três turnos, e trabalho aos sábados.

Não é a primeira vez que os trabalhadores da Autoeuropa rejeitam um pré-acordo negociado pela Comissão de Trabalhadores, situação que já tinha ocorrido em julho de 2009.

Resta saber se, tal como aconteceu no passado, administração e trabalhadores serão capazes de encontrar forma de ultrapassar as divergências.

Os trabalhadores da Autoeuropa anunciaram a realização de uma greve de 24 horas para o próximo dia 30 de Agosto.

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  • ANTONIO SILVA
    30 ago, 2017 PORTO 09:49
    ENTREM EM GREVE, ENTREM , DEPOIS SE FOREM PARA A RUA, NÃO SE QUEIXEM! A AUTO-EUROPA ESTÁ A PREPARAR-SE PARA SE POR A ANDAR DAQUI PARA FORA! DEPOIS QUERO VER A GREVE CONTINUADA!
  • Carlos Dias
    29 ago, 2017 Laranjeiro 15:43
    Estão mal habituados, os BOCHES deviam era deslocalizar sua fábrica para confins do Globo, tipo Ásia ou outro País da Europa com mão -obra mais barata, era o que precisava estes COMUNAS !!
  • Carlos Batista
    30 jul, 2017 Barreiro 10:37
    Quando tinham dias de férias ficavam em casa os tais Down Days enchiam a barriga e o peito que ficavam em casa e a empresa a pagar enquanto os outros iam trabalhar regalias que tomará muitos as terem agora que a empresa precisa ninguém quer trabalhar ofedem e oferecem porrada a quem se chateia por esta gente... uma cambada de ingratos e de gente estúpida agora já miam e ainda vão miar mais e ainda os vou ver chorar a dizer que não há....
  • Eborense
    29 jul, 2017 Évora 14:55
    Estes estão a fazer tudo para que os Alemães se pirem daqui para fora. Depois gritam, que não têm emprego. É típico da comunada, que na zona de Setúbal são certamente a maioria.
  • Comissão para a RUA
    29 jul, 2017 Baixa da Banheira 13:26
    O que se passa aqui é simples,a empresa vai produzir 3 vezes mais carros.Logo vai ganhar 3 vezes mais dinheiro,mas para isto precisa que os trabalhadores trabalhem os Sábados,mas não querem pagar os mesmos como horas extras(ideia do idiota que chefia agora a fabrica),querem dar um prémio de 175 euros mês durante o tempo que se fizerem os Sábados em principio 2 anos que é depois retirado.100 euros são de lei logo esta a dar 65 euros por mês por 4 ou 5 Sábados,este valor é o valor pago pela empresa atualmente por um Sábado de trabalho a 100%.Logo quer fazer uma poupança nunca vista a conta dos direitos dos trabalhadores e dos seus direitos.Querem os Sábados paguem como tal.Quem vêm aqui criticar metam se primeira na situação dos trabalhadores e depois falem.
  • Alberto
    29 jul, 2017 FUNCHAL 11:35
    A Autoeuropa ainda não entendeu que é melhor ir para Espanha??
  • Pedro Ferro
    29 jul, 2017 Setúbal 11:25
    Venham os Portugueses que estão na Venezuela que gostam e querem trabalhar.Estes que estão na auto-europa estão fartos de estar bem.O estado social paga mais no desemprego e não precisam de ter horários e trabalhar.
  • Bela
    29 jul, 2017 Coimbra 08:35
    Coitadinhos...
  • Pedro
    29 jul, 2017 Pinhal Novo 08:05
    O que se rejeitou foi o sábado desde as 7.00 ate a meia noite passar a ser vulgar dia de semana,mas voces inviesados(ofereceram carro para fim de semana?)insistem em dar a noticia assim.Nunca em 22 anos se faltou á producao exigida mas dar assim a noticia era ser jornalista a serio.Preferem usar "ganhar mais 175€" do que explicar que 4 sabados OBRIGATORIOS num mes com 2 das 15.30 as 00.00 a produzir carros nao a vender atoalhados a dividir por esse valor nao seja aos 40€...isso de jornalismo serio....esta quieto

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