25 jul, 2017 - 15:01
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, manifestou-se, esta terça-feira, “perplexa” com o aumento das comissões cobradas pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) aos clientes, considerando que o Governo tem que ser responsabilizado pelas consequências directas e indirectas da recapitalização do banco público.
"Quando o Governo aumenta pensões à razão de um euro e a seguir a CGD, onde essas pensões são pagas, aumenta comissões à razão de cinco euros, há alguma coisa que não está a bater certo. Os pensionistas que tinham a expectativa de ganhar um euro por mês, ficam a perder quatro euros por mês", criticou a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, no final de uma visita à Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa.
Segundo Assunção Cristas, este "é talvez o caso mais extremo e obviamente muitíssimo chocante", referindo que o CDS-PP "fica perplexo com o aumento das comissões, que nalguns casos passam a abranger situações que antes tinham isenção e que agora passam a ter de pagar estas comissões".
"Temos que pedir responsabilidades ao Governo, que fez esta recapitalização, que a defendeu, que disse que estava muito bem e, portanto, agora tem que ser responsável pelas consequências directas ou indirectas que ela possa vir a ter", defendeu.
Para a líder centrista "isto não é admissível num banco que é público, não é admissível dentro de uma política que deve ser integrada e dialogante nestas áreas".
"Não achamos que possa ser admissível e, por isso, mesmo já pedimos esclarecimentos ao Governo sobre essa matéria", recordou.
O BE apresentou, esta terça-feira de manha no parlamento, dois diplomas sobre serviços mínimos bancários, tendo a deputada bloquista, Mariana Mortágua, desafiado PSD e CDS-PP, que disse "apareceram agora como defensores dos clientes" depois de chumbarem iniciativas do BE para sua proteção, a votarem desta vez a favor das propostas apresentadas.
Questionada sobre se pensa votar a favor das propostas do BE, Assunção Cristas respondeu que "o CDS tem o seu caminho, está a pedir esclarecimentos ao Governo e oportunamente apresentará todas as propostas que entender convenientes".