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Pedrógão Grande. Assunção Cristas não exclui moção de censura ao Governo

25 jul, 2017 - 14:19

"O CDS quer saber toda a verdade e não exclui nenhum tipo de instrumento parlamentar que, dentro de um regular funcionamento das instituições, exista para ser utilizado", diz a líder do CDS.

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A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, "não exclui nenhum tipo de instrumento parlamentar", incluindo uma moção de censura ao Governo, na exigência de "toda a verdade" a propósito da tragédia do incêndio de Pedrógão Grande.

No final de uma visita à Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa, Assunção Cristas foi questionada pelos jornalistas sobre uma eventual moção de censura ao Governo, numa altura em que o número de mortos e a lista dos nomes das vítimas da tragédia de Pedrógão Grande têm marcado a atualidade.

"O CDS quer saber toda a verdade e não exclui nenhum tipo de instrumento parlamentar que, dentro de um regular funcionamento das instituições, exista para ser utilizado", respondeu.

Perante a insistência dos jornalistas sobre se admitia a apresentação de uma moção de censura ao Governo, a líder centrista foi perentória: "Não excluo nenhum caminho. O CDS exige a verdade".

"O CDS foi muito claro dizendo que o Governo estava fragilizado nesta matéria, quando disse que era preciso uma remodelação profunda no Governo, nomeadamente no Ministério de Administração Interna. Não excluímos nenhum caminho e dissemos que o primeiro-ministro passava a ser o responsável direto por tudo o que corresse de bem e de mal nestas matérias", reiterou.

Depois de, na segunda-feira, o PSD ter feito um ultimato ao Governo, dando 24 horas para que divulgasse a lista nominativa dos mortos na tragédia de Pedrógão Grande, Assunção Cristas foi questionada pelos jornalistas sobre o prazo que dava ao executivo liderado por António Costa.

"Nada mais, nada menos do que a verdade", respondeu apenas, escusando-se a impor um prazo.

Inquirida sobre se o Governo deveria requerer ao Ministério Público o levantamento do segredo de justiça para divulgar a identidade das vítimas, a líder do CDS-PP começou por afirmar que não sabe "se esse é o único caminho".

"O que eu sei é que é que tem de haver caminhos para que tudo seja claro e transparente. O Governo tem nas suas mãos as ferramentas para falar verdade", defendeu.

Na opinião de Assunção Cristas, "o Governo tem a obrigação de garantir a todos os portugueses qual é a informação verdadeira e real".

"A forma como isto é feito compete ao Governo analisar e usar todos os mecanismos legais para que isso possa ser possível. O que não pode acontecer é ficar todo o país numa situação de dúvida sustentada e o Governo manter essa dúvida", criticou.

A presidente do CDS-PP considerou ainda que o executivo socialista "tem muita dificuldade em lidar com informação quando ela não lhe é favorável".

"O que nós vemos é um Governo muito ligeiro, muito pouco capaz de assumir as suas responsabilidades, para não dizer muito desastrado em matérias de soberania", condenou, exigindo "garantias de verdade, de transparência e de segurança às populações".

O PSD deu na segunda-feira 24 horas ao Governo para tornar pública a lista nominativa das pessoas que morreram na tragédia de Pedrógão Grande, exigindo que sejam explicados os critérios usados para a sua constituição.

De acordo com uma nota divulgada no final da tarde de segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, contactou nesse dia a procuradora-geral da República, que lhe "confirmou" que a lista de vítimas do incêndio de Pedrógão Grande está abrangida pelo segredo de justiça e que a sua divulgação depende do Ministério Público.

"Relativamente às solicitações que têm vindo a ser formuladas para que o Governo divulgue a lista de vítimas do incêndio de Pedrógão Grande cumpre esclarecer o seguinte: no dia 14 de julho o Instituto Nacional de Medicina Legal foi notificado pelo Ministério Público de que o processo das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande se encontrava em segredo de justiça", lia-se no comunicado.

Comentários
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  • Nekas
    27 jul, 2017 Lisboa 00:36
    Começa-se a entender porque está o país a arder e a quem intereça que arda,intereces politicos já existem agora intereça é apanhar quem deita os fogos e obrigar ás confições.
  • ZédoNabão
    26 jul, 2017 Tomar 22:42
    Oh xra cristas!... Tenha é mais respeito pelos mortos e seus familiares. Deixe Pedrogão Grande em PAZ, entende? Faça-se à vida e vá trabalhar!...
  • Joaquim Martins Augu
    26 jul, 2017 Alges 22:20
    Essa varina, que me perdoem as verdadeiras, só faz chicana política, porque não tem qualquer proposta política alternativa credível para apresentar ao país, além das 30 novas estações de metro para.Lisboa. Vê se deixas de fazer chicana política, que.ê para isso que o povo te paga.
  • Rui
    25 jul, 2017 Lisboa 23:07
    Está gente do PSD e do CDS perderam a cabeça de vez.
  • barsanulfo
    25 jul, 2017 alcains 20:56
    Para que se entenda esta democracia, convém recordar que, o partidinho da Crista Esganiçada, então liderado pela revogadazinha, em 2011, coligado com o (ex) PSD, terá obtido cerca de 600 mil votos. Isto é, uma espécie de duas ou três aldeias do interior juntas ( com muito boa vontade), elegeram esta gente do CDS. Hoje o mesmo grupinho desta esganiçada, não vale metade destes votos. Pondera uma moção de "ternura" ao governo, pasme-se! O país treme de angústia com esta possibilidade, e também como se viu, o últimato de 24 horas do (ex)PSD dado ao governo!!! O circo saiu á rua, e os palhaços andam por ai! Uma corja latrinária !!
  • leonel
    25 jul, 2017 lisboa 20:42
    Esta sra. devia ser criminalizada por, quando "ministra", ter transformado o país num enorme eucaliptal. Aí está o resultado...Ainda faz ameaças? Um partido que vale, agora, 4% dos votos? Que está todo contaminado de esquemas como os submarinos, dos branqueamentos do nuncio e por ai fora. Apresente lá a moção de censura. Sonha voltar ao tacho e crucificar os portugueses com impostos e miséria. Não ameace e apresente. Pode ser que nas próximas eleições não passe dos 2%.
  • ex ministra
    25 jul, 2017 lx 18:16
    da agricultura?...Ela era mas, ministra da lavoura! Só tratava dos pomares e das hortas! Quanto às florestas, apenas autorizou que fossem plantados mais eucaliptos!...O resto estava tudo numa boa! Até assinou de cruz, quando estava a banhos e a seguir afirmou que desconhecia a matéria! Com todo este currículo chegou a líder!...
  • esta gente
    25 jul, 2017 lis 17:56
    está a brincar com coisas serias! Nunca imaginei que uma direita que se queria credível, chegasse a este ponto! Vão sair-se muito mal, disto!
  • pensarem em punir?
    25 jul, 2017 pt 17:29
    os que colocam os fogos? Tá quieto!...Até lhes fazem o favor para cavalgarem a propaganda eleitoral! Está à vista! A hipocrisia desta gente, é muita!
  • maria martins
    25 jul, 2017 Lx 16:16
    Falam falam mas não fazem nada quando lá estão . A politica é uma coisa muito ... neste caso ...muito ardente.... muito nojenta . Só interesses. Se pensassem em punir drasticamente os tipos que colocam os fogos é que era.

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