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Fogos no centro do país geraram prejuízos de 500 milhões de euros

03 jul, 2017 - 13:03

Os prejuízos directos são de 193 milhões de euros. 81% da área do concelho de Pedrógão Grande ardeu.

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Os prejuízos directos dos incêndios que começaram na região Centro no dia 17 de Junho, nomeadamente em Pedrógão Grande e Góis, ascendem a 193 milhões, estimando-se em 303 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia. Somando ambas as parcelas, os fogos representaram um prejuízo total de 496 milhões de euros.

Estes são os dados que constam do relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e apresentado esta segunda-feira em Figueiró dos Vinhos às sete câmaras afectadas pelos incêndios: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Sertã, Pampilhosa da Serra e Góis.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de Junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos apenas uma semana depois.

Estes fogos terão afectado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas.

Quase 50 empresas foram também afectadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

A área de floresta ardida em Pedrógão Grande na sequência do incêndio que começou naquele concelho em 17 de Junho é de 81%.

De acordo com o documento, a área ardida em Figueiró dos Vinhos e em Castanheira de Pera, também no distrito de Leiria, é de 66% e 56%, respectivamente.

O relatório da CCDR do Centro diz ainda que, “para além da área florestal ardida com menor impacto, os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande verificaram igualmente uma área agrícola ardida com significado (25% em média, sendo de 40% no concelho de Pedrógão Grande)”.

O documento da CCDR, que aborda também outros incêndios que deflagraram na mesma altura na Região Centro, diz que os concelhos de Alvaiázere e de Ansião foram menos afectados, com área florestal ardida de três e um por cento, respectivamente.

“Nos restantes concelhos [Sertã, Penela, Pampilhosa da Serra e Góis), embora em termos absolutos a floresta ardida corresponda a valores significativos, representa, no entanto, uma percentagem menor da respectiva área de floresta”, isto relativamente a Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.

Segundo os dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta, a área nos incêndios que começaram em Góis e Pedrógão Grande, a 17 de Junho, é de 45.979 hectares.

Pedrógão Grande. Passado, incêndio e futuro
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  • Luís
    03 jul, 2017 Braga 16:53
    "...Fogos no centro do país geraram prejuízos de 500 milhões de euros..." Pois é, e os postos de trabalho, que se podiam ter criado com este dinheiro, na limpeza e vigia dos montes...Triste sina deste País...
  • Évora
    03 jul, 2017 filipe 15:04
    Boa ! Nada mais interessante , agora concorrem a fundos e os desviam para patuscadas , tapar buracos internos nos partidos e algum para dentro do saco azul , entretanto eles sabem que as pessoas são solidárias e vão dando bens para sobreviverem , até porque daqui a um ano se forem ao local e perguntarem quantas casas foram refeitas por conta própria encontram algumas talvez e com os fundos do governo vão encontrar cinzas no local , esperam milagres ? Esperem ... e , sentados !
  • COSTA DEMAGOGO
    03 jul, 2017 Lx 13:44
    Pois é, mas só em indemnizações para os familiares dos falecidos e para os feridos é muito mais do isso...Nem contas sabem fazer estes pantomineiros e mestres da ilusão que dão pelo nome da geringonça. Apesar de tudo, o mestre da pantomina, o Costinha, não dá à Costa pois foi de férias merecidas, claro...será para fugir ás suas responsabilidades dos fogos em Perdigão ou para ver se os tugas se esquecem desta bandalheira em que se tornou Portugal? Ou será que mandou fazer outro estudo de popularidade este vendedor de ilusões?

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