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Sindicato da ASAE acusa inspector-geral de abandonar o organismo

02 jun, 2017 - 18:38

Falta de formação e de segurança são algumas das preocupações dos inspectores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

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A Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASF-ASAE) acusa o inspector-geral, Pedro Portugal Gaspar, de ter deixado o organismo ao abandono sem qualquer projecto para o futuro.

A política do inspector-geral era “puro fogo-de-artifício de fraca qualidade” que acaba por ser “esquecido e inconsequente”, refere a carta aberta do ASF-ASAE.

O sindicato regista como problemas o facto de o parque de estacionamento da unidade regional do Norte estar inutilizado há dois meses; alguns inspectores ainda se identificarem pelo cartão de livre-trânsito, que já expirou há um ano e meio, e a desactualização presente nas fichas técnicas de fiscalização e na legislação do organismo. As fichas técnicas estão no site em “actualização desde que o senhor inspector-geral assumiu o cargo”, indica a carta do ASF-ASAE.

O ASF-ASAE critica a falta de formação e afirma que os novos inspectores vão para o terreno “sem experiência profissional nas áreas de segurança alimentar, fiscalização económica ou segurança de produtos”.

Os inspectores do sindicato da ASAE alertam, também, para a ausência de equipamento de controlo da qualidade dos óleos alimentares que pode aumentar as doenças de foro oncológico ou cardiovascular.

“As crescentes preocupações para a alimentação e a sua relação com estas decididamente passam-lhe ao lado”, concluem os inspectores na carta aberta.

Em relação ao combate à contrafacção, o sindicato indica que a ASAE já não vai às feiras, apesar de qualquer “vão de escada e banca de feira estarem carregados de contrafacção”.

O ASF-ASAE lamenta ainda a falta de preocupação que Pedro Portugal Gaspar tem com os funcionários e os recursos humanos. O sindicato dá o exemplo do incidente do passado domingo, na final da Taça de Portugal, em que três inspectores foram agredidos por vendedores ambulantes.

“Ter uma brigada da ASAE constituída por três elementos (…) sem o apoio das forças de segurança, é o cúmulo da insegurança”, lamenta a ASF-ASAE.

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