31 mai, 2017 - 16:53
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu converter o processo de inquérito ao caso do túnel de Alvalade, após o Sporting-Arouca, em processo disciplinar.
Depois do apito final do jogo da 10ª jornada da Primeira Liga, a 6 de Novembro, que os leões venceram por 3-0, os presidentes de ambos os clubes, Bruno de Carvalho e Carlos Pinho, desentenderam-se na zona dos balneários, levando mesmo à intervenção dos "stewards" e da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Em comunicado, o CD explica que a proposta da Comissão de Instrutores da Liga Portugal foi deferida parcialmente. Este processo disciplinar terá como arguidos os presidentes dos dois clubes, o futebolista do Arouca, Velásquez e o diretor-desportivo do clube aveirense, Joel Pinho, filho de Carlos Pinho.
Figuram também na lista de arguidos um "steward", o coordenador de segurança do Sporting, Miguel Aragão Martins Tunes, o director de campo, Luís Carlos Guerreiro Ferrão, o oficial de ligação aos adeptos, André Geraldes e a própria SAD do Sporting.
"Apurados indícios da existência de infrações disciplinares bem assim a identidade dos seus agentes determina-se que o processo de inquérito em que os arguidos tenham já sido ouvidos fique a constituir a fase instrutória do processo disciplinar cuja instauração ora se ordena (...) À Comissão de instrutores que deduza a acusação no prazo de 20 dias", refere ainda o comunicado do CD.
Governo já estava em campo e com arguidos constituídos
Ora, logo na altura, a 25 de Novembro, Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), sob a estrita dependência do Governo, anunciou a "instauração de processos de contraordenação" relativamente aos incidentes registados no túnel de acesso aos balneários de Alvalade.
Em comunicado enviado às redacções, o IPDJ avançava que, na sequência dos referidos processos e de uma "participação elaborada pela Polícia de Segurança Pública", haviam sido "constituídos quatro arguidos", sem referir a identidade dos mesmos.