07 jun, 2017 - 22:30
O Presidente brasileiro garante que continuará a governar até ao final do seu mandato, em 31 de Dezembro de 2018, apesar da pressão para renunciar e do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tirá-lo do poder.
Michel Temer falava numa cerimónia oficial no Palácio do Planalto, em Brasília, em que o Presidente e a sua equipa anunciaram um plano de crédito para os agricultores.
Após elogiar o sector agrícola, área que mais influenciou o crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre deste ano, Temer disse que "é com esta alma, com esta animação, com este vigor e com esta revitalização que provoca [o sector agrícola na economia] que vamos conduzir o Governo até 31 de Dezembro de 2018".
O Presidente manteve sua agenda oficial e não fez qualquer outra referência à situação política do Brasil para demonstrar calma, embora o TSE tenha retomado o julgamento da candidatura pela qual foi eleito, juntamente com a ex-Presidente Dilma Rousseff nas últimas eleições presidenciais, em 2014.
Temer era vice-presidente, mas assumiu o poder em definitivo em Agosto do ano passado quando Dilma Rousseff foi deposta pelo Congresso.
A candidatura Dilma-Temer, porém, é acusada num processo que corre no TSE de ter cometido crime de abuso do poder político e económico por ter financiado a campanha com dinheiro de suborno pago por construtoras envolvidas nos escândalos de corrupção da petrolífera estatal Petrobras.
Caso sejam condenados, Michel Temer perderá o cargo e a ex-Presidente Dilma Rousseff terá os seus direitos políticos cassados pelo prazo de oito anos.