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Proibido lançar balões de São João

22 jun, 2017 - 19:43

Multas podem chegar aos cinco mil euros por pessoa singular ou 60 mil por pessoa colectiva.

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Lançar balões de São João é este ano proibido, podendo levar a uma multa até aos cinco mil euros por pessoa singular.

O lançamento de um balão de São João pode ter uma contra-ordenação punida por coima que pode variar entre os 140 euros e os cinco mil euros, no caso de pessoas singular, e os 800 euros e os 60 mil euros no caso de pessoa colectiva, indica a portaria n.º 195/2017 hoje publicada.

O período crítico do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios foi antecipado, por causa das condições meteorológicas adversas de temperatura que determinaram o aumento do nível de perigosidade para alerta vermelho e laranja no território continental, uma proibição o que significa que está proibido o lançamento dos tradicionais balões de São João.

Fonte do gabinete de imprensa da PSP do Porto explicou à Lusa que face à portaria aquela polícia já realizou operações na cidade de sensibilização para "reforçar o alerta relativamente à proibição do lançamento dos balões com mecha acesa".

"Tendo em consideração esta proibição, o Núcleo de Armas e Explosivos esteve a fazer hoje acções junto dos operadores e comerciantes no sentido de informar que saiu esta portaria e que o lançamento de balões é proibido", referiu a mesma fonte da PSP.

Questionado sobre se o fogo-de-artifício do São João do Porto, previsto para ser accionado na noite de 23 para 24 de Junho, se mantém, a mesma fonte explicou que o "evento está devidamente licenciado e não vai haver lançamento de foguetes de cana", que são os que estão proibidos.

Trata-se de "um evento pirotécnico de fogo-de-artifício em que não vão ser lançados foguetes", acrescentou, reiterando que o que a PSP vai fazer é "tentar cumprir o que está legislado a partir de hoje".

A Câmara Municipal de Matosinhos, por seu turno, fez hoje um aviso à população na sua página da Internet, alertando da "proibição do lançamento de balões de mecha acesa e de qualquer tipo de foguetes".

"A Protecção Civil de Matosinhos vem informar a população para a proibição do lançamento de balões de mecha acesa e de qualquer tipo de foguetes a partir de hoje dia 22 de Junho, data de início do período crítico de incêndio, conforme o disposto na Portaria n.º 195/2017 de 22 de Junho. (...) Os balões de São João, tradicionalmente lançados no próximo dia 23 de Junho enquadram-se nesta proibição", lê-se na página da autarquia.

Sobre o lançamento de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos que não sejam considerados foguetes, o seu lançamento "está condicionado à autorização da Câmara Municipal, sendo o lançamento não autorizado punido nos mesmos termos do lançamento de balões de mecha acesa e foguetes", acrescenta a Câmara de Matosinhos.

No artigo 37º do decreto-lei nº 124/2006 pode ler-se que a competência da fiscalização compete à "Guarda Nacional Republicana, à Polícia de Segurança Pública, à Polícia Marítima, à Autoridade Florestal Nacional, à Autoridade Nacional de Protecção Civil, às câmaras municipais, às polícias municipais e aos vigilantes da natureza" bem como "compete aos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e das florestas, a definição das orientações no domínio da fiscalização do estabelecido no presente decreto-lei".

A PSP de Braga já tinha informado hoje que, este ano, vai ser proibido o lançamento de balões de ar quente durante as Festas de S. João, face à antecipação do início do período crítico de incêndios.

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  • António
    23 jun, 2017 Porto 17:56
    Eu gostaria de saber se o estado teria a mesma coragem em acabar com as vergonhosas "festas" tauromáquicas e as praxes. Mas aí já se aplica o argumento da "tradição". Os balões de São João criam um belo panorama nos céus da cidade do Porto, mas uns pequenos insignificantes incêndios em matas e casas abandonadas são o suficiente para terminar com esta tradição. E que tal terminarem com outras tradições que violem os direitos humanos e dos animais? Pois, aí não convêm.
  • Anibal
    23 jun, 2017 Acabado 14:19
    Estamos esclarecidos. Afinal o S. João em Pedrogão foi no dia 17 à tarde! Se dúvidas houvesse quanto á origem dos incêndios em Portugal, está o mistério resolvido. A culpa é do S. João e do S. Pedro. Afinal não foi o S. Pedro que se esqueceu de mandar àgua juntamente com a trovoada?
  • Bela
    22 jun, 2017 Coimbra 23:30
    Concordo plenamente! Numa época em se fala tanto em protecção do ambiente, blá, blá..., porque razão é que os que se dizem a favor dessa atitude, continuam a insistir em poluir a atmosfera? Fico arrepiada e 'furiosa' quando vejo lançarem balões de todo o género e feitio, para o espaço e sabe-se lá onde vão parar. Ou isso não é um atentado à natureza e ao ambiente?
  • São Pedro
    22 jun, 2017 Porto 20:06
    Em vez de baloes de São João podem ser lançados por antecipação, na noite de 23 p/ 24 de junho balões de São Pedro

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