05 jun, 2017 - 11:25
A primeira-ministra britânica apela a que se faça mais pelo combate ao terrorismo.
"Temos de fazer mais, muito mais, para derrotar essa ideologia do mal ao serviço do terrorismo islâmico. Uma ideologia que prega o mal, semeia divisões e promove o sectarismo”, disse May, recordando ainda o longo caminho feito pelo país.
“O Reino Unido liderou o mundo na criação de uma estratégia de prevenção do extremismo violento que tem sido bem sucedida. E temos liderado os esforços internacionais para enfrentar e derrotar a ideologia do extremismo islâmico em todo o mundo. Mas, à medida que a ameaça aumenta, assim deve também aumentar a nossa resposta. Não podemos continuar como estamos. Basta!”, acrescentou.
A primeira-ministra regressou também aos temas que dominam a campanha para as eleições, que se realizam na próxima quinta-feira. May assegurou aos eleitores que a polícia tem um plano "robusto" para garantir a segurança em dia de votação.
Numa outra declaração, desta vez gravada e transmitida pelos principais canais de televisão, May, revelou que o nível de ameaça no Reino Unido continua muito elevado.
"Isto significa que outros atentados podem acontecer", detalhou.
Thresa May revelou ainda os três terroristas já foram identificados e que assim que for possível, tendo em conta o desenrolar das investigações, as suas identidades serão reveladas.
"Este foi um ataque a Londres, ao Reino Unido e ao mundo livre", sublinhou.
11 detidos
No domingo, o comandante adjunto e responsável pela unidade de combate ao terrorismo da polícia metropolitana disse que a investigação estava a progredir a grande velocidade, em colaboração com os serviços de informação britânico.
Segundo Mark Rowley, as autoridades estão convencidas de que os três atacantes não tinham cúmplices no local, mas está a recolher mais informação sobre eles, as suas redes de contacto e potenciais colaboradores.
Ao todo, 11 pessoas continuam detidas após buscas em várias moradas em Barking, onde, segundo a imprensa britânica, alguns dos atacantes residiam.
Nestas buscas, a polícia terá recolhido diverso material que está agora a analisar.
Novas medidas de segurança
Foram instaladas barreiras de separação entre a estrada e o passeio em várias pontes de Londres, na sequência dos atentados em London Bridge no passado sábado e em Westminster Bridge em 22 de Março.
Além de London Bridge, as pontes de Westminster e Waterloo Lambeth estiveram encerradas temporariamente durante a noite para a instalação destas barreiras de metal, junto às quais se encontram grandes blocos de cimento para travar a entrada de veículos motorizados.
Também é visível o reforço policial em várias partes da cidade, sobretudo em áreas públicas de maior dimensão, como estações ferroviárias.
21 ferido sem estado grave
Ao todo, sete pessoas foram mortas durante o ataque para além dos atacantes, duas das quais de nacionalidade estrangeira: a canadiana Chrissy Archibald e um francês que ainda não foi identificado.
Pelo menos 48 pessoas foram feridas, 36 pessoas continuam hospitalizadas, algumas em estado considerado muito grave e 21 em estado crítico, várias das quais também de nacionalidade estrangeira.
Este ataque assemelha-se ao que aconteceu em 22 de Março na ponte de Westminster, quando Khalid Masood matou cinco pessoas e feriu 50 ao atropelar várias pessoas na ponte Westminster Bridge antes de esfaquear um agente da polícia junto da entrada dos edifícios do parlamento britânico.