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Taça de Portugal

Hugo Miguel faz balanço positivo do vídeo-árbitro. "Senti sempre uma almofada de conforto"

29 mai, 2017 - 21:41

Árbitro da final entre Benfica e Vitória de Guimarães analisa primeiro jogo de carácter oficial a contar com este meio tecnológico de auxílio.

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Hugo Miguel faz um balanço deveras positivo do primeiro encontro de carácter oficial em que uma equipa de arbitragem portuguesa contou com o auxílio do vídeo-árbitro.

O juiz designado para a final da Taça de Portugal, ganha pelo Benfica ao Vitória de Guimarães (2-1), considera que a oficialização do meio tecnológico só pode merecer "via verde".

"Senti os jogadores mais ansiosos e expectantes na luta pelo melhor resultado para as suas cores mas mais tranquilos, confiantes e serenos. Sentiam que a verdade desportiva iria sempre imperar. Aceitaram sempre os momentos de espera de forma natural e normal, pois sabiam que poderia trazer um impacto decisivo e positivo para o jogo", afirmou o árbitro de Lisboa, em declarações à Federação Portuguesa de Futebol, confessando ter sentido uma "almofada de conforto" da parte dos vídeo-árbitros designados para o encontro do Jamor, Artur Soares Dias e Jorge Sousa.

"Nos outros jogos as equipas técnicas têm acesso às imagens, os espectadores em determinados estádios também, e nós só temos acesso aos nossos olhos e aos nossos feelings. A partir de agora será diferente, mais em pé de igualdade", argumentou, reforçando a tal "sensação de tranquilidade".

"Estava ciente de que as minhas decisões são sempre revistas: as certas são suportadas e as erradas corrigidas com a maior naturalidade", salientou.

Lance entre Marega e Fejsa não deixou dúvidas a Hugo Miguel

O árbitro admite que o lance arrepiante de uma bola dividida a meio-campo entre Fejsa e Marega, que motivo a substituição do sérvio, devido a lesão - ficou com o joelho aberto e necessitou de pontos para suturar uma profunda ferida -, foi "aparatoso". Contudo, a acção disciplinar ao maliano do Vitória, que viu cartão amarelo, foi devidamente adequada.

"Vejo que o lance foi aparatoso, era uma bola dividida. Os jogadores por vezes atiram-se sem ter noção daquilo que pode acontecer em consequência para a integridade física do adversário. O jogador que ganhar a bola vai acabar por sofrer o impacto do adversário. Assinalei a falta, que tenho a certeza ter sido feita pelo Marega, mas tenho dúvidas da situação disciplinar. Sabia que era um lance no mínimo dúbio, que dava azo a outra interpretação. Disse aos jogadores do Benfica para estarem tranquilos porque, no caso de ser uma situação para cartão vermelho a minha decisão seria corrigida antes de começar o jogo, mas essa informação nunca chegou", relatou.

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