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"Portugal tem mais força na Europa do que pensa”, diz Carlos Moedas

29 mai, 2017 - 20:57 • Henrique Cunha

Comissário europeu defende que Portugal deve colocar na agenda europeia o projecto da criação da União de Mercado de Capitais, para que as empresas portuguesas tenham condições de acesso ao crédito idênticas às das suas congéneres do centro da Europa.

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Portugal “tem mais força do que pensa que tem na Europa”, afirma o comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

Na conferência que assinala os 129 anos “Jornal de Notícias”, no Porto, Carlos Moedas garantiu que Portugal ganhou a credibilidade que lhe permite ser mais assertivo e assumir a liderança na discussão de alguns temas europeus.

“Que se lance um debate em Portugal, que se aproveite esta nova fase que se abre. Uma fase em que Portugal tem mais força, do que se calhar pensa que tem. Que se aproveite esta nova fase para uma posição mais assertiva, para uma posição de liderança em determinados dossiers em que Portugal tem credibilidade e a Europa necessidade”, defende o antigo secretário de Estado adjunto do Governo de Passos Coelho.

Carlos Moedas considera que Portugal deve colocar na agenda europeia o projecto da criação da União de Mercado de Capitais, para que as empresas portuguesas tenham condições de acesso ao crédito idênticas às das suas congéneres do centro da Europa.

“Uma empresa alemã ou holandesa com as mesmas características, com o mesmo plano de negócios tem pontos de partida muito diferentes, com taxas de juro muito mais baixas”, começou por assinalar.

“Ora, um dos grandes projectos da União Europeia é a criação da chamada União de Mercados de Capitais, cujo objectivo é precisamente eliminar estas fronteiras invisíveis, para que uma empresa de qualquer país possa ter as mesmas condições. Por isso, temos que ser nós portugueses a pôr este assunto em cima da mesa, porque aqueles que estão no centro da Europa não querem saber. E Portugal tem hoje a credibilidade de dizer que temos que finalizar a União Bancária, que temos que finalizar a União dos Mercados de Capitais”, sublinhou o comissário europeu.

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