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“Portugal pode ser a próxima Califórnia ou Silicon Valley"

26 mai, 2017 - 12:16

A frase é do líder de uma organização internacional que organiza, em Cascais, uma conferência económica na qual deverão participar o Presidente da República, o primeiro-ministro e um representante do Vaticano.

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"Portugal pode ser um novo local para o diálogo global, a nova Califórnia, o novo Silicon Valley, porque tem a praia e o sol, claro, mas tem o espírito certo, com jovens bem instruídos e à procura da primeira experiência empreendedora", afirma Frank-Jurgen Richter, director executivo da Horasis.

Em entrevista à agência Lusa, o empresário sustenta a sua afirmação no facto de Portugal estar no “final da crise financeira que começou há oito anos” e de o Governo estar “a implementar as medidas certas, de que os investidores gostam, como a estabilidade e a pro-actividade, com convites para investir".

“Muitos empresários estão a perceber que Portugal pode ser uma plataforma para estenderem as suas operações à América Latina e a África – principalmente os chineses e indianos, que querem instalar sedes ou operações de telecomunicações para depois irem para a África e América Latina", acrescenta.

Uma das grandes mais-valias, destaca, é o facto de, "ao contrário de noutros países europeus, em Portugal não há protestos contra investimentos estrangeiros, nomeadamente chineses, em áreas como a electricidade, imobiliário, seguros e banca, e esta é a maneira certa de dizer não ao proteccionismo".

O proteccionismo é, aliás, e na opinião de Frank-Jurgen Richter, juntamente com o populismo, o maior entrave ao comércio livre.

“O fim do acordo comercial entre os Estados Unidos e a Europa estão a criar incerteza na mente dos investidores, mas a boa notícia é que a Europa, depois das eleições na Holanda e em França, está finalmente a livrar-se do populismo e vemos uma Europa mais forte, com o Governo português a tomar uma posição activa contra o proteccionismo e o nacionalismo, colocando o país como um local global de diálogo onde os investidores são bem-vindos", conclui.

A Horasis Global Meeting começa no sábado e prolonga-se até terça-feira, partilhando o último dia de discussão com as Conferências do Estoril.

Além do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, marcam presença na iniciativa o presidente do Conselho de Justiça e Paz do Vaticano, cardeal Peter Turkson, o antigo primeiro-ministro português e presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o presidente do Banco Europeu de Investimento, Werner Hoyer.

"Esperamos cerca de 400 presidentes de empresas e personalidades mundiais de 70 países para debater e moldar o mundo, trazendo investimentos para Portugal, e escolhemos o vosso país de forma propositada porque esperamos que os investidores globais descubram novamente Portugal, como aliás já está a acontecer", explica o director executivo da Horasis.

Comentários
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  • rui
    29 mai, 2017 rinchoa 22:36
    A Madonna já anda aí.
  • Horacio
    26 mai, 2017 Lisboa 15:41
    Tomara que nao. A ultima coisa que portugal precisa e de enclaves de ultra opulencia rodeados de miseria geral. Com duas classes ultra ricos e ultra miseraveis. Sem falar na especulacao imobiliaria.ninguem mais conseguia comprar uma casa. Ou alugar,porque os especuladores compram tudo e deixam fechado. Imaginem ja temos salarios baixos,que e o que eles querem so que com um custo de vida elevado. Nao obrigado. Os salarios por la eram altos mas ja nao sobem para as classes media e pobre a 15 anos.
  • melim
    26 mai, 2017 pxo 15:18
    Muito engraçado! Alguém ainda se lembra de quando íamos ser a segunda Suíça da Europa? Já estou velho demais, para continuar a ouvir estas tretas. velho e farto!!!
  • 26 mai, 2017 Lagos 15:07
    Quem acredita no título desta notícia, também deve acreditar no Pai natal.
  • Costa
    26 mai, 2017 Faro 14:36
    Isso é música para os meus ouvidos, desde que não venham para aí à procura do petróleo que não temos.
  • Paulo
    26 mai, 2017 Mem Martins 14:14
    mas não se pode olhar só para os doutores e engenheiros,e as outras profissões?????? com politicas de baixos salários??? nem pensar.

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