25 mai, 2017 - 09:57 • Rosário Silva
A partir de 1 de Junho há mais uma praia no Alentejo. A praia fluvial de Monsaraz é um projecto que tem vindo a ser preparado com todo o cuidado para dar condições de segurança a quem a frequente.
“É consequência do grande lago que temos aqui ao nosso lado e no último ano fizemos as análises previstas na lei para podermos ter este espaço como zona balnear, fizemo-las também para podermos obter a primeira bandeira azul do interior sul de Portugal”, refere à Renascença, José Calixto.
O presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz revela com satisfação que “conseguimos a bandeira azul e a bandeira de praia acessível num um investimento estruturado e validado pelo turismo de Portugal.”
Localizada a cerca de quatro quilómetros da vila de Monsaraz, vizinha do Centro Náutico, a praia vai dispor de “todas as condições de segurança, com nadadores-salvadores, uma piscina flutuante na margem do lago, um posto médico, instalações sanitárias, um ‘deck’ para que as pessoas com mobilidade condicionada possam aceder sem qualquer problema ao plano de água e acima de tudo com as condições de um lago que nos dá garantias de ser um espaço muito aprazível”, acrescenta o autarca, em declarações à Renascença.
Uma praia para prolongar a estadia na região
“É uma praia para todos os portugueses e não só”, sublinha José Calixto, pois “queremos, sobretudo, valorizar o turismo”.
O autarca lembra que “num raio de 20 quilómetros temos as nossas 600 camas turísticas de elevada qualidade, com taxas de ocupação muito simpáticas” e que esta infra-estrutura serve para fazer face à única variável que ainda não está devidamente trabalhada.
“Já trabalhamos a sazonalidade, mas a estadia ainda não está como queremos pois temos estadias muito curtas. Esta infra-estrutura pretende que as pessoas se fixem um pouco mais e pelo menos na época do Verão possam vir cá, não só pela praia mas também pelos desportos náuticos que ela possibilita.”
Investimento nacional para valorizar o turismo
De acordo com José Calixto, o investimento directo na praia ronda os 350 mil euros.
“Não é um grande investimento, mas a verdade é que desde há sete anos temos investido no Centro Náutico, onde levámos a água potável, colocámos restauração, construímos uma estação de tratamento de águas residuais, energia eléctrica, parque infantil e tudo isso é prévio a este projecto”. Mas feito, acentua, “com a intenção de valorizar o local que tem todas as condições para agora se fazer a praia fluvial.”
O dinheiro é proveniente do programa “Valorizar”, que destina 10 milhões de euros a projectos turísticos situados no interior do país. A linha de apoio tem permitido apoiar o desenvolvimento de projectos previstos no Programa Nacional para Coesão Territorial lançado pelo Governo.
O regulamento do programa prevê o financiamento de projectos de entidades públicas e privadas com apoios financeiros que ascendem a 90% do valor das despesas elegíveis.