25 mai, 2017 - 00:41 • José Pedro Frazão
O socialista Vera Jardim admite que o Orçamento do Estado para 2018 pode representar um “ponto de viragem” depois do Governo ter governado com “a cautela necessária para cumprir e até exceder as metas” iniciais do Executivo.
No programa “Falar Claro”, da Renascença, o antigo ministro da Justiça admite que o Orçamento de 2018 pode marcar a entrada “sem eleitoralismos” numa segunda fase da legislatura.
“É possível instruir mais justiça na distribuição de rendimentos ”, diz Vera Jardim, dando o exemplo da anunciada revisão dos escalões do IRS “sobretudo em relação às classes médias que foram muito penalizadas”.
O histórico socialista admite que essa medida pode não ser seja suficiente para a esquerda que apoia o Governo PS. “Mas tenho a certeza que o primeiro-ministro e o ministro das Finanças manterão o rumo da consolidação orçamental”, insiste o comentador da Renascença. Vera Jardim acredita que Portugal pode já ter passado o mais difícil, “mas continuamos a ter um caminho difícil pela frente, desde logo por causa da dívida pública”.
Já Nuno Morais Sarmento considera que a saída do Procedimento de Défice Excessivo é um resultado “ francamente positivo, a que conseguimos todos chegar” mas sem seguir a estratégia económica do Governo. O antigo ministro social-democrata confessa a preocupação de que estejamos a viver uma ilusão seguida por uma desilusão “ como aconteceu sempre nas governações do PS - recordemos António Guterres e José Sócrates. Esperemos que não se repita pela terceira vez”.