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​PS quer ciência, educação e saúde a apostar no turismo

19 mai, 2017 - 07:16 • Susana Madureira Martins

Os socialistas promovem esta sexta-feira um debate potestativo no Parlamento sobre turismo e apresentam três projectos de resolução a fazer recomendações ao governo sobre o sector.

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Das três resoluções que vão a debate esta sexta feira há um recado claro ao governo: que o Ministério da Economia melhore a articulação com outros Ministérios para aproveitar a boleia do crescimento do turismo em Portugal.

O deputado Carlos Pereira explica que as recomendações passa por exemplo, pela criação de “uma agenda concreta em articulação com o Ministério da saúde para promover o turismo de saúde”.

Em declarações à Renascença o socialista explica que este é “um turismo que está em crescimento, de bastante valor acrescentado, mas é preciso uma coordenação fina, profunda, entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Economia, no sentido de encontrar os caminhos adequados para promover esse turismo”.

Precisamente na recomendação sobre o turismo de saúde o PS considera que é necessário definir “medidas que aumentem a reputação e credibilidade internacional das unidades de saúde através de certificações e licenciamentos com reconhecimento externo”.

O deputado madeirense explica que se trata de garantir boas práticas médicas neste sector e que “é natural que seja necessário ter atenção algumas questões do ponto de vista daquilo que é a realidade internacional”, dando o exemplo de que “é muito importante que os licenciamentos, as acreditações e as certificações das unidades de saúde públicas ou privadas tenham um cunho internacional, um cunho reconhecido como boas práticas”.

Carlos Pereira explica ainda que o PS irá apresentar uma outra recomendação ao governo para que se aposte na boa coordenação entre o Ministério da Economia e os Ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia para promover o turismo científico.

O deputado socialista diz que é preciso “voltar a fazer um diagnóstico da situação” referindo “as universidades públicas, privadas, os centros de interpretação que existem”, dando o exemplo das “ilhas selvagens que são alvo de investigação e que também podem ser um chamariz para este tipo de questões e tornar mais efectiva a atração por este tipo de turismo”.

O terceiro projecto de resolução do PS recomenda ao governo que não esqueça a promoção do turismo na regiões do interior e de baixa densidade populacional, tendo em conta que os principais destinos turísticos continuam a ser as regiões do Algarve, Lisboa e Madeira. A recomendação sugere que se tomem medidas que “alarguem a procura turística a todo o território nacional”.

E quanto é que isto custa? Carlos Pereira diz que é prematuro falar de questões orçamentais que “naturalmente poderão surgir na sequência dos planos que estão previstos serem trabalhados e serem tratados”, sublinhando que “já há trabalho em curso, por exemplo, no turismo de saúde, o Ministério já tem um grupo de trabalho a funcionar”.

O deputado socialista remata que “o que se está a fazer é recomendar ao governo para juntar aqui o Ministério da Economia”. Depois dessa articulação e de todos os levantamentos feitos “a partir daí serão tratadas as questões orçamentais”.

Três projectos de resolução, que não têm força de lei, que o PS apresenta num agendamento potestativo, de carácter obrigatório, que deverão ser votados no fim do debate desta sexta-feira.

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