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Trabalhadores das cantinas e refeitórios escolares e hospitais paralisam segunda-feira

11 mai, 2017 - 13:18

O conflito centra-se na associação patronal das empresas concessionárias das cantinas. Entre outras acusações, os trabalhadores queixam-se de que as empresas colocam funcionários trabalhar 12 horas diárias.

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Os trabalhadores das cantinas e refeitórios escolares, de hospitais e outros serviços do Estado concessionados vão estar em greve na segunda-feira, para reivindicar melhores salários, o que poderá afectar o funcionamento das escolas.

“A greve dos trabalhadores prende-se com o boicote que existe neste momento por parte da ARESP”, a associação patronal das empresas concessionárias Gertal, Itau, Uniself, Ica, para melhorar as condições de vida destes trabalhadores, disse à agência Lusa António Brandão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares da Região Centro.

Estas empresas, que “estão na mesa de negociações, não querem melhorar as condições de vida dos trabalhadores, com salários” congelados há sete anos, sobretudo nalgumas categorias, como é o caso das cozinheiras, disse o sindicalista.

Por outro lado, a grande maioria dos mais de 50 mil trabalhadores ao serviço destas empresas recebe o salário mínimo nacional, adiantou António Brandão, acusando ainda estas empresas de quererem “desregulamentar completamente o contrato colectivo de trabalho”.

A acusação prende-se com o facto de estas empresas colocarem os funcionários trabalhar 12 horas diárias, quererem retirar o subsídio de trabalho nocturno e reduzir o pagamento em dia feriado, explicou o dirigente do sindicato afecto à CGTP.

Devido à paralisação “muitas escolas irão ter as suas cantinas encerradas”, mas nos serviços de alimentação hospitalar serão garantidos os serviços mínimos.

Questionado sobre se a greve pode encerrar escolas, o dirigente sindical disse que não sabe qual será “o comportamento de cada direcção das escolas, se irá fugir ao que a lei diz de que escola não pode estar aberta se não houver alimentação”.

Em paralisações anteriores “tem havido situações de crianças a comerem sandes” e de alunos que levam comida para a escola por indicação do agrupamento escolar.

“Perante esta situação e perante uma tentativa de retirada de direitos”, vamos realizar esta greve no dia 15 de Maio, com concentrações em Lisboa e na região norte junto às empresas, sublinhou.

Comentários
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  • marta viseu
    12 mai, 2017 viseu 11:41
    mas tudo esta bem neste pais que deixou de ser um inferno para ser um paraiso segundo diz o governo e quem o apoia parabens sara pelo teu comentario tiram se os desempregados do fundo de desemprego e metem se na junta de freguesia na camara e afins e assim se baixa o desemprego estive a viver na alemanha e posso dizer tem mais funcionarios publicos viseu do que dortmund e vejam a diferenca de populacao de uma e outra cidade
  • Sara
    11 mai, 2017 Lisboa 21:24
    Espectacular... Só o pessoal que trabalha na função publica é que tem direitos, direito a greve, ser chamados "precarios", sistema de saude, mais férias e isenções de horários, os que trabalham por conta de outrem, nada disto tem. Em Portugal somos 10 milhoes de pessoas, 60% da pessoal corresponde a crianças, jovens, e pessoas que já trabalharam, ou não, resta os 40%, 600mil com ordenado minino,não fazem descontos, 800 mil pertencem a função publica, depois há mais 400 mil que ganham a volta de 800 euros,mas já descontam e bem, a partir daqui classe media, classe alta e restantes é so descontar, À GRANDE, havendo de facto uma disparidade e uma grande injustica porque que quem ganha 1400 desconta o mesmo de quem ganha 3000, bem vamos ao que interessa, que é que paga todos este " serviço publico"" , são os que trabalham, que ganham um pouco mais, mas ficam sem nada, por causa dos impostos, e não tem direito a nada, isto sim, é uma desigualdade, a grande desigualde de Portugal, já para não falar dos ordenados volumosos dos srs deputados e afins.
  • KOSTA PANTOMINEIRO
    11 mai, 2017 Lx 14:54
    É a paz social de q gosta o pantomineiro do Kamarada Kosta de falar para dar a ideia de que tudo vai bem no sítio....E é o PCP a dar prova de vida com os sapos que tem engolido...Pobres coitados estão enfartados com tantos sapos e elefantes...A táctica política e a coligaçãonegativa no seu melhor...Um país adiado com estes sociais fascistas no poleiro...
  • couto machado
    11 mai, 2017 porto 14:51
    Após o 25 de Abril, diziam os entendidos que a greve é a última arma dos trabalhadores. É preciso muito cuidado.
  • FR
    11 mai, 2017 Portugal 14:00
    Já não chegava nao ter meio de transporte agora fico sem comer. Isto só se safa o pessoal da ma$$a

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