02 mai, 2017 - 19:35
O diálogo “esgotou-se” e agora é tempo de mobilização contra o encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Almeida, afirmou o autarca António Baptista Ribeiro após uma breve troca de palavras com a administração do banco estatal.
A reunião desta terça-feira à tarde na sede da CGD, em Lisboa, para tentar encontrar uma alternativa de consenso não correu bem.
O presidente da Câmara de Almeida disse aos jornalistas que lhe foi imposta uma exigência: para reunir com o conselho de administração da Caixa tinha que desmobilizar os populares que estão concentradas no balcão de Almeida.
António Baptista Ribeiro respondeu que não podia desconvocar um protesto que não tinha sido organizado por ele e exigiu a manutenção do serviço de Tesouraria em Almeida.
“Não tive resposta positiva e quebrou-se o diálogo. Levantei-me e esgotou-se o diálogo”, adiantou o autarca.
Questionado sobre se a agência da Caixa vai fechar amanhã, António Baptista Ribeiro diz que não sabe, mas promete a “mobilização” da população para impedir o fecho do banco na vila sede de concelho.
O que pode acontecer em Almeida nos próximos dias? “Não sei. Pode acontecer tudo. Creio que já há lá sinos a rebate e mais umas coisas assim. Pode acontecer tudo”, adverte o presidente da câmara.
O autarca já pediu uma reunião ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e está aberto ao diálogo para evitar um caso que diz ser único em Portugal.
“O senhor Presidente da República, que é um homem de consensos e diálogo, ajude-nos. Vou apelar ao senhor Presidente da República, ao primeiro-ministro ao conselho de administração. Eu continuo aberto ao diálogo, agora, a minha indignação tem que ser mostrado neste momento”, rematou António Baptista Ribeiro.
Os habitantes de Almeida voltaram esta terça-feira a ocupar a agência da Caixa Geral de Depósitos.