01 mai, 2017 - 16:16 • Eunice Lourenço
As manifestações e as reivindicações dos sindicatos no dia 1 de Maior são tão naturais como respirar e são um sintoma de que vivemos em democracia e não em ditadura. Foi assim que o Presidente da República comentou, ainda antes de acontecerem, as manifestações típicas deste Dia do Trabalhador.
“Em democracia há coisas que são naturais, é como respirar. E é como respirar que no dia do trabalhador as centrais sindicais, como os sindicatos, como os trabalhadores sejam reivindicativos. Seria mesmo anormal se não fossem, se dissessem 'estamos felizes com aquilo que se passa' e não dissessem 'queremos mais e queremos melhor' », afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no estádio do Torreense, o clube de Torres Vedras, que assinala o seu centenário com uma festa popular.
O Presidente considerou que é importante assinalar este dia como de todos os trabalhadores e disse que as reivindicações e manifestações dos sindicatos são sinal de estamos em democracia.
“Neste dia 1º de Maio é natural que aqueles que têm situações que querem ver melhoradas e querem ir mais longe em termos reivindicativos reivindiquem. Isso é que é democracia. Se vivêssemos em ditadura é que não haveria essa reivindicação”, acrescentou Marcelo, desvalorizando qualquer hipótese de aumento da tensão política e social.
Marcelo Rebelo de Sousa quis, claramente, ter agenda no dia do Trabalhador e estar no meio do povo. O Presidente começou o dia a visitar uma empresa na zona industrial de Torres Vedras – a Noras Performance – onde assistiu à apresentação da U-Safe, uma bóia teledirigida que pode ajudar em salvamentos náuticos.
Daí seguiu para as comemorações do centenário do Sporting Clube União Torreense. Primeiro, uma missa presidida pelo cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, na Igreja da Graça. Daí desceu sempre a pé, no meio de beijinhos e fotografias, até ao estádio do Torreense onde se seguiu mais uma hora de cumprimentos, beijinhos e fotos com todos os escalões e equipas do clube, adeptos, populares e inclusive com o pessoal que estava a assar a carne.
O convite inicial ao Presidente para este centenário tinha sido para uma sessão solene na Câmara Municipal, mas Marcelo preferiu o lado mais popular do aniversário: o almoço no estádio. E assim teve mais um dos seus banhos de multidão, que tanto agradam ao Presidente e ao povo, que ia comentando que não há Presidente como este.