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Ministro do Ambiente "mais descansado" sobre riscos de armazém em Almaraz

28 abr, 2017 - 20:08

João Pedro Matos Fernandes ressalva que aguarda nos próximos meses mais certezas sobre os perigos de uma potencial contaminação dos solos e, consequentemente, do rio Tejo.

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O ministro do Ambiente está "muito mais descansado do que estava há quatro meses atrás" sobre os eventuais riscos da construção de um armazém de resíduos nucleares na central espanhola de Almaraz.

João Pedro Matos Fernandes, que falava esta sexta-feira aos jornalistas à margem de uma cerimónia sobre o sector das águas, referiu que a maior tranquilidade advém das conclusões de um relatório técnico relativo a este projecto, que considera o armazém "uma solução adequada".

"O relatório está muito bem feito e dá-nos mais certezas. Ao conhecer bem este projecto sabemos que ele é feito com as melhores técnicas disponíveis e que no seu normal funcionamento não levanta qualquer sobressalto", sublinhou.

No entanto, o governante ressalvou que a tutela aguarda nos próximos meses mais certezas sobre os perigos de uma potencial contaminação dos solos e, consequentemente, do rio Tejo.

Reportagem. Almaraz, uma "bomba atómica" na margem do Tejo
Reportagem. Almaraz, uma "bomba atómica" na margem do Tejo

O ministro do Ambiente afirmou ainda que "o Governo não se podia furtar ao diálogo com Espanha" e que as conclusões do relatório permitem vir a estabelecer um compromisso político entre os dois países.

Questionado pelos jornalistas sobre a sua chamada ao Parlamento, João Pedro Matos Fernandes manifestou-se totalmente disponível para esclarecer os deputados.

O pedido de audição partiu do Bloco de Esquerda, que considera "grave e inaceitável" a decisão do Governo, porque assim se criam "as condições para o prolongamento do tempo de vida da central".

Portugal chegou apresentar à Comissão Europeia uma queixa contra Espanha, mas acabou por retirar a queixa depois de um acordo que previa a realização de um estudo de impacto ambiental transfronteiriço, em que o grupo de trabalho criado pelo Governo português considerou o projecto "seguro e adequado".

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