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Médicos mantêm greve nacional marcada para 10 e 11 de Maio

19 abr, 2017 - 23:45

Há ainda uma nova greve marcada com a tutela antes das datas da paralisação.

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Os sindicatos médicos mantêm a greve nacional agendada para 10 e 11 de Maio, depois de uma reunião hoje com a tutela, na qual "algumas matérias continuaram a afastar os sindicatos do Ministério da Saúde", disse fonte sindical.

Segundo Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), esta estrutura sindical deverá emitir quinta-feira o pré-aviso de greve, devendo ser seguida pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), no dia seguinte.

Em declarações à Renascença, após uma reunião com a tutela, no Ministério da Saúde, Jorge Roque da Cunha disse que a greve continua marcada, embora esteja agendada nova reunião para o próximo dia 27 de Abril.

"Há um conjunto de matérias que continuam a afastar os sindicatos e o Ministério da Saúde, embora tenha existido algum avanço na questão das horas extraordinárias", disse.

Os sindicatos agendaram uma greve nacional para dias 10 e 11 de Maio, contra a ausência de medidas concretas do Governo, nomeadamente a reposição do pagamento das horas extras, que estão a receber a 50% desde 2012.

A 13 de Abril, dois dias após os sindicatos marcarem a greve, esta reposição tinha sido aprovada em Conselho de Ministros, nomeadamente as alterações ao diploma que restitui parte do pagamento das horas extraordinárias.

Sobre esta aprovação, o SIM e a FNAM consideraram que o que se conhecia tinha "carácter vago e de mera declaração de intenções, fugindo a objectivações temporais e quantitativas".

O Governo tinha publicado este ano um diploma a restituir parte das horas extraordinárias apenas para os profissionais que fazem urgência externa e cuidados intensivos, mas as organizações médicas exigiram de imediato que fosse aplicado a todos os profissionais.

O ministro da Saúde garantiu verbalmente que o pagamento das horas extraordinárias a 75% aos médicos teria efeitos retroactivos a 1 de Abril. Em reuniões com os sindicatos, o Ministério da Saúde tem-se comprometido a repor os restantes 25% até ao fim deste ano.

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