26 abr, 2017 - 12:29 • Anabela Góis
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, diz à Renascença que é "positiva" a proposta do Governo de pagar mais aos médicos que trabalhem para além do horário, de forma a reduzir os tempos de espera para consultas de especialidade, exames e outros meios de diagnóstico.
“O SNS, leia-se, o Governo, não tem neste momento capacidade para contratar os profissionais de saúde que tem em falta e que são muitos, quer médicos, quer enfermeiros, quer assistentes operacionais e técnicos, e o nosso ministro já o reconheceu", afirmou. "Arranjaram aqui uma solução alternativa que me parece uma boa solução, que é terem incentivos próprios para a chamada produção acrescida. Havendo disponibilidade dos médicos, vão poder fazê-lo".
O secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, diz esta quarta-feira ao jornal “Público” que a compensação pode variar entre os 12 e os 19 euros por consulta.
O bastonário da Ordem dos Médicos diz que a medida não pode ser definitiva, mas que no imediato vai aumentar capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Miguel Guimarães sublinha no entanto que a medida não pode ser definitiva.
O Governo quer ter esta medida em prática até ao fim do ano para que a espera por uma consulta de especialidade não ultrapasse os quatro meses.
Quanto aos doentes cardíacos, passam a ter atendimento prioritário à semelhança do que já acontece com os doentes oncológicos: o prazo máximo para uma consulta será de 15 dias.