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“25 de Abril não é um ritual. Está carregado de futuro, sim”

25 abr, 2017 - 19:47

O povo voltou à rua para assinalar o 25 de Abril “onde ele deve ser celebrado”. As figuras políticas caminharam lado a lado com os populares e todos lembraram Soares.

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O PS defendeu esta terça-feira que a melhor forma de honrar a revolução é estar a cumprir as promessas, enquanto o Bloco de Esquerda sabe que “está tanto por fazer” e o PCP vê o 25 de Abril “carregado de futuro”.

No tradicional Desfile Popular do 25 de Abril, que desceu esta tarde a Avenida da Liberdade até ao Rossio, o PS esteve representado pela secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes – acompanhada, entre outros socialistas, pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos –, enquanto o Bloco e o PCP contaram com a presença dos seus líderes, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa.

“Aquilo que temos feito no último ano e meio é demonstrar que não há melhor forma de honrar Abril e de honrar a democracia do que cumprir aquilo que se promete. E é aquilo que temos feito", assegurou Ana Catarina Mendes.

De acordo com a socialista, “foi assim nos rendimentos, na baixa dos impostos, na criação de emprego”, considerando que assim se cumpre Abril, mas admitindo que há ainda “muito para fazer”, havendo a restante “legislatura para cumprir o resto das promessas”.

Já a coordenadora do Bloco defendeu que “o 25 de Abril é um dia que deve ser celebrado na rua”, como “um enorme tributo a quem saiu à rua com o 25 de Abril e, com a sua presença, com o seu debate, com a sua força, construiu a democracia”.

“Claro que festejar é também saber o que falta fazer e num país em que ainda há muita desigualdade, em que há ainda muitos salários baixos, muitas pensões baixas, sabemos que está tudo ou tanto por fazer”, admitiu.

Na opinião de Catarina Martins, “quem vive na pobreza, quem se sente discriminado ou é vítima de violência, quem sente a precariedade na sua vida, quem sente a falta de uma casa não vive a liberdade” e portanto festejar esta terça-feira na rua o 25 de Abril é assumir “a responsabilidade de construir essa igualdade essencial à liberdade”.

Já o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, enalteceu que “Abril e os seus valores continuam profundamente ancorados no coração da maioria do povo português”, considerando que o dia 25 de Abril é um “acto de comemoração, mas simultaneamente também de confiança no futuro” porque os valores da revolução “continuam carregados de futuro”.

“Por isso mesmo olhamos para este grande desfile e, tendo em conta as próprias manifestações populares que se desenvolveram por todo o país, é razão estar profundamente confiante que Abril jamais será considerado como um ritual, como um ato que se comemora num dia. Antes pelo contrário: está carregado de futuro, sim”, destacou.

Questionado pelos jornalistas sobre se o antigo Presidente da República Mário Soares – que morreu no dia 7 de Janeiro deste ano – devia ser lembrado na Avenida da Liberdade, Jerónimo de Sousa defendeu que “devem ser lembrados todos aqueles que lutaram muito pela liberdade, alguns sacrificando a própria vida, conhecendo a repressão, a tortura”.

“Não se pode destacar uma pessoa. Isto foi um processo que resultou da convergência, da luta de muitos democratas, de muitos antifascistas, de muitos comunistas que deram a própria vida pela liberdade. Então celebremos e lembremos todos esses que contribuíram para que Abril fosse vitorioso”, apelou.

Ana Catarina Mendes foi ainda interpelada a propósito do discurso do 25 de Abril do Presidente da República, começando por evidenciar que “os últimos 15 meses têm demonstrado que é possível viver com estabilidade, sem crispação e sobretudo na procura de consensos porque acima de tudo está o povo português e o povo português precisa de respostas”.

“Essas respostas só são encontradas se houver um bom contexto institucional entre as instituições democráticas e político entre os vários agentes políticos”, defendeu a socialista.

Comentários
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  • demagogia
    26 abr, 2017 Santarém 23:00
    Comemorar o de Abril na rua ao lado de partidos que mais não defendem do que o fascismo e ditadura é de facto uma forma muito estranha de um povo ainda não conseguir distinguir o real da fantasia e se há português de facto digno desse nome e preocupado com o futuro que se deixe mais de praxes e se entretenha em trabalhar mais e melhor para bem da família e do país, esse será o melhor contributo a dar à Nação.
  • ZÉ TUGA
    26 abr, 2017 Tugalândia 01:41
    O 25 de Abril não é realmente um ritual, é antes de de tudo e principalmente a celebração da chegada ao poder de uns quantos aproveitadores e oportunistas de plantão, que tinham como chefe maior o Mário Bochechas, que nem em Portugal estava nesse fatídico dia. Estava na França a assistir de camarote, caso desse algum "azar" ele não fazia parte da revolução, estava automaticamente descartado de ter feito parte do teatro, mas o espetáculo deu certo, e ele chegou 4 ou 5 dias depois, triunfalmente recebido por centenas de patetas, como se fosse ele o comandante em chefe dos militares dos cravos . Que povo mais tapado que teima em não querer ver a realidade .
  • rosinda
    25 abr, 2017 palmela 23:51
    Dizer que nao me lembrei de niguem e mentira! Lembrei-me dos militares, lembrei-me da presidente da camara de setubal e dos ultimos 3 presidentes da camera de palmela!
  • rosinda
    25 abr, 2017 palmela 23:42
    Tem piada passei o 25 abril sem me lembrar do mario soares!
  • Gomes Silva
    25 abr, 2017 Evora 21:44
    Era bom que esta gente do PCP e BLOCO e até alguns do PS se deixassem de show off e tivessem vergonha , porque ainda o 25 acabava de ser realidade, já eles gerigonçavam em colocar o País noutra ditaduras, de esquerda e mais feroz e sinistra que a outra.E viu-se nos dias seguintes o que aconteceu.Golpes, contra golpes e nesta luta mortes de gente indefesa.E depois continuou.Armaram melicias e amedrontaram quem não estivesse com eles.Formaram melicias para matar, as FP 25 , que assassinaram gente ,donos de empresas e outros.Até uma médica estava nisto.
  • VIRIATO
    25 abr, 2017 CONDADO PORTUCALENSE 21:06
    Comemora-se hoje 43 anos desde que o nosso saudoso regime do Sr. Dr. Prof. António de Oliveira Salazar foi traído por oficiais milicianos, traidores à pátria, que ao serviço do marxismo leninismo parasitário transformaram a nossa nação num lamaçal tal, que as pessoas de bem deixaram de ter uma palavra válida neste regime, de alguns e para alguns, nomeadamente aqueles que tendo cartão de militante dos partidos xuxalista, dos neo liberais do psd e cds e dos comunas amigos da confusão anarquista em que mergulhou a nossa nação.Está na hora de contar a verdade inconveniente sobre o proclamado fascismo do anterior regime. Então não é que o nosso saudoso Sr. Dr. Prof. António de Oliveira Salazar (esta denominação não foi conquistada com uma certificação passada a um domingo. como alguns engenheiros da mula russa), denominado fascista pela esquerdalha imunda que ao contrário daquilo que é ensinado na escola aos jovens a única coisa que ostenta de fascista é a pedra mármore que tem na sua campa, até a casa do Sr.foi vandalizada por altura do prec., pelos anarquista do pcp. Agora a pouca vergonha é louvada porque vivemos nesta pseudo democracia. Os pseudo democratas já não são fascistas, são os novos ricos, bandidos transformados em exemplos para a sociedade.Agora roubar os recursos do estado está na moda e vendem-nos por aí que são as dores do parto deste sim,regime vergonhoso.Eles são os off shores, eles são a corrupção da alta finança, eles são o enriquecer à custa do povo. P.N.R.

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