Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Venezuela. Maduro nega golpe e convoca Conselho de Segurança

01 abr, 2017 - 01:24

Actual líder lembra que a única ruptura da ordem constitucional ocorreu em 2002 quando a oposição promoveu um "golpe de Estado" contra o falecido líder socialista Hugo Chávez.

A+ / A-

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nega que tenha ocorrido uma "ruptura constitucional" na Venezuela, provocada pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de assumir as funções do Parlamento.

Maduro anuncia que devido a discrepâncias entre o Ministério Público e o poder judicial convocou um Conselho de Segurança da Nação, órgão que reúne as autoridades de todos os poderes.

"Como Chefe de Estado, assumo, através do diálogo e da Constituição, a tarefa de resolver o impasse que surgiu entre o Ministério Público e o STJ e convoco um Conselho de Segurança da Nação para esta noite, para deliberar e elaborar uma resolução que fortaleça a Constituição venezuelana e dê paz e tranquilidade à Venezuela", declarou.

O anúncio de Nicolás Maduro teve lugar na Praça Bicentenário, em Caracas, durante o acto de encerramento da Expo Venezuela Digital 2017, transmitido pela televisão estatal venezuelana, durante o qual afirmou que desconhecia que o STJ iria emitir uma sentença assumindo as funções do parlamento, enquanto permanecerem os protestos nacionais.

"Hoje, resultado de uma sentença do STJ, surgiu uma discrepância entre órgãos do poder público (...). Eu não sabia nada do pronunciamento que iria fazer a procuradora, como não sabia nada da sentença do STJ. Tendo, como chefe de Estado, a minha opinião de uma e outra coisa", frisou.

Segundo Nicolás Maduro, "na Venezuela existe plena independência dos poderes públicos. Na Venezuela há poderes públicos legítimos e constitucionais e cada poder actua cumprindo a Constituição e a sua consciência".

Por outro lado, frisou que a única ruptura da ordem constitucional, na Venezuela, ocorreu em 2002, quando a oposição promoveu um "golpe de Estado" contra o falecido líder socialista Hugo Chávez, que, em Abril desse ano foi afastado temporariamente do poder.

Hoje, a Procuradora-Geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, denunciou que as recentes sentenças do STJ que ordenam ao Chefe de Estado limitar a imunidade parlamentar e em que aquele tribunal assume as funções do Parlamento "evidenciam várias violações de ordem constitucional e desconhecimento do modelo de Estado".

A primeira vez que a Venezuela activou um Conselho de Defesa da Nação foi em 2015, quando o ex-Presidente dos EUA Barack Obama, promulgou um decreto a sancionar funcionários do Governo de Caracas e a declarar a Venezuela como "uma ameaça inusitada e extraordinária para a segurança dos Estados Unidos".

Por outro lado, a 26 de Outubro de 2016 teve lugar a última reunião do Conselho de Defesa da Nação, organismo que se declarou em sessão permanente. Nessa reunião não esteve presente o então presidente do parlamento venezuelano, o opositor Henry Ramos Allup.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Alexandre
    08 mai, 2017 Lisboa 22:00
    Muito comentário imbecil acerca desta questão. Quem deixou o país nesta situação instável foi a oposição. Alguém dos comentadores imbecis e ignorantes sabe quem é Julio Borges e Henry Ramos Allup? Não. Não há pior coisa que ser ignorante dos factos políticos.
  • Oliveira
    01 abr, 2017 Sintra 13:59
    Assim se destrói um País. A culpa é sempre dos outros. Estúpidos.
  • Joao
    01 abr, 2017 Madeira 09:59
    Ele sabe que se deixa o poder vai ser enforcado por isso deve pagar bem a policia e militares par salvar o pelo o povo que se dane.
  • Roque Almeida
    01 abr, 2017 Lisboa 09:51
    A bem ou a mal - é apenas uma questão de tempo para que o presidente da Venezuela seja afastado, e já vai tarde. Isto é o exemplo perfeito do que é o socialismo, e do ponto a que levou aquele país. Qual a posição da geringonça em relação a isto, porque não dizem nada? E o 44, tão amigo que é daquele lado?
  • João Lopes
    01 abr, 2017 Viseu 09:41
    Os comunistas são sempre coniventes com os “seus camaradas” marxistas, por mais criminosos que sejam. Já alguém ouviu dos comunistas do Bloco e do PCP uma palavra de repúdio para com Maduro, o ditador e louco que cortou a voz dos opositores e tem a Venezuela na mais torpe miséria?

Destaques V+