28 mar, 2017 - 13:04
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS) confirma o surto de papeira (parotidite epidémica) na Faculdade de Engenharia do Porto. À Renascença, Maria Neto sublinha que se trata de “uma doença habitualmente benigna” e que todos os casos registados são “doentes que estão vacinados”.
“A vacina da parotidite confere uma protecção de 88% e a eficácia vacinal pode diminuir ao longo do tempo”, afirma a responsável da ARS Norte.
Nesta altura estão quatro casos confirmados, dentre 10 situações analisadas. “Pretendemos identificar o maior número de casos” e tomar as medidas preventivas necessárias.
Por exemplo, “o isolamento social dos doentes durante um período de nove dias a partir da data do aparecimento do aumento do volume das parótidas” e cada um deles “adoptar as medidas de etiqueta respiratória”, refere Maria Neto.
“Outra das medidas que gostaríamos de chamar especial atenção é que, perante a existência de sintomas sugestivos de parotidite epidémica, devem contactar a linha Saúde 24 ou a equipa de saúde familiar e cumprir todas as recomendações”, acrescenta.
A ARS Norte prevê que o surto “se possa prolongar durante algum tempo”, tendo em conta que “o período de incubação pode ir até três semanas – e, portanto, esta doença pode ser transmitida mesmo antes de se manifestar”.
“Esperemos que não seja um surto de larga escala, mas pode vir a ser”, admite ainda Maria Neto, garantindo que estão a ser desenvolvidas “todas as diligências para prevenir e controlar ao máximo o surto”.
Os sintomas da doença incluem febre, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, seguindo-se o aumento de volume das glândulas salivares.
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