14 mar, 2017 - 00:59
Lisboa é 43.ª classificada a nível mundial na lista de cidades com melhor qualidade de vida, num 'ranking' liderado por Viena de Áustria e com Bagdad, no Iraque, na última posição, segundo um estudo divulgado esta terça-feira pela consultora Mercer.
Segundo o estudo 'Quality of Living' - elaborado anualmente pela consultora e que vai na 19.ª edição, - entre as dez cidades melhor classificadas encontram-se oito europeias.
Lisboa encontra-se uma posição acima de Nova Iorque e duas à frente de Edimburgo, na Escócia.
"Apesar do aumento da volatilidade política e financeira na Europa, muitas das cidades deste continente oferecem o maior nível de qualidade de vida do mundo", refere a consultora, numa nota enviada às redacções.
Pelo oitavo ano consecutivo, o 'top 10' das cidades com melhor qualidade de vida é liderado pela capital austríaca.
Seguem-se Zurique (Suiça), Auckland (Nova Zelândia) Munique (Alemanha), Vancouver (Canadá), Dusseldorf (Alemanha), Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suíça), Copenhaga (Dinamarca) e Basileia (Suíça), que se estreia na lista, em 10.º lugar.
Comparativamente a anos anteriores, a consultora refere que "a maioria das cidades europeias manteve-se estável neste ranking, à excepção de Bruxelas (Bélgica, 27.º lugar), que caiu seis lugares devido aos problemas de segurança causados pelos ataques terroristas, e de Roma (Itália, 57.º lugar), que desceu quatro posições no seguimento de problemas referentes à remoção de resíduos".
Lisboa desceu uma posição face ao ano passado, e "Istambul desceu do 122.º lugar para a 133.ª posição, devido à grave turbulência política na Turquia durante o ano passado", continua a consultora.
"O Dubai (Emirados Árabes Unidos, 74º lugar) continua a ser a cidade com melhor qualidade de vida na zona de África e do Médio Oriente", liderando também esta lista no que toca a infra-estruturas (51.ª posição), salienta o estudo.
Nesta edição, o estudo avaliou também as infra-estruturas de cada cidade, tendo contemplado "o fornecimento de electricidade, de água potável, de serviços de telecomunicações, de transportes públicos, tráfego e congestionamento automóvel, bem como a variedade de voos internacionais a partir dos aeroportos locais".
Para a consultora, estes são "factores importantes quando as empresas têm que apurar os custos das políticas de mobilidade internacional, que têm por base as diferenças existentes entre a cidade de origem do colaborador e a cidade onde será colocado".
Esta tabela é liderada por Singapura, seguindo-se Frankfurt e Munique, "ambas em segundo lugar", e Lisboa ocupa a 60.ª posição.
Segundo o estudo, Port au Prince, capital do Haiti que foi afectada por um terramoto de grandes dimensões em 2010, "é a cidade com piores infra-estruturas" a nível mundial.
Segundo a consultora Mercer, este estudo é "realizado anualmente para as empresas multinacionais e outras organizações poderem compensar os seus colaboradores de uma forma justa sempre que os destacam para o estrangeiro em trabalho", e abrangeu 231 cidades.
A informação foi "analisada entre Setembro e Novembro de 2016, e vai ser actualizada regularmente para contemplar eventuais alterações", acrescenta.