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Gripe. DGS diz que há vacinas e dá conselhos

16 jan, 2017 - 17:55

Director-geral da Saúde rejeita "cenário alarmante" e estima que a incidência da gripe esteja a descer de intensidade.

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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) estima que a incidência da gripe esteja esta semana a descer de intensidade e lembra que ainda há 20 mil doses da vacina disponíveis no Serviço Nacional da Saúde (SNS), além das vendidas nas farmácias.

O director-geral da Saúde, Francisco George, convocou esta segunda-feira uma conferência de imprensa para dar conselhos aos portugueses sobre o tempo frio que se avizinha, tendo em conta as previsões meteorológicas, mas disse não se estar “perante um cenário alarmante”.


Oito recomendações para os próximos dias de frio:

  • Manter o corpo hidratado e quente, evitando os excessos de café e álcool
  • Estar protegido do frio
  • Aquecer a casa
  • Ter especial atenção que há fontes de calor que podem representar riscos evitáveis
  • Estar com redobrada atenção a desequilíbrios das doenças crónicas, sobretudo os mais idosos e que podem ser potenciadas pelo frio
  • Tornar frequentes os contactos com familiares e amigos para troca de informações e conselhos sobre o frio
  • Telefonar em caso de necessidade para a Linha Saúde 24
  • Em zonas afastadas recomenda-se ter por perto um rádio e uma lanterna e estar atento aos noticiários

No início desta época gripal havia 1,2 milhões de doses de vacinas disponíveis para dar gratuitamente no SNS, além de cerca de 700 mil para venda em farmácias.

Das vacinas do SNS, sobram, por enquanto, cerca de 20 mil doses que ainda podem beneficiar pessoas dos grupos prioritários que ainda não se imunizaram.

Sobre o período gripal, Francisco George disse que “é provável que tenha iniciado esta semana a descida da intensidade ao nível dos novos casos”. “Pode acontecer, tudo indica, que dentro de quatro semanas a actividade gripal possa ser residual”, afirmou.

O director-geral da Saúde admitiu que houve nas últimas semanas pressão nos serviços de urgência, mas sublinha que é um fenómeno que se tem repetido todos os anos.

Mortalidade em análise

Francisco George adiantou que foi enviada para a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma informação que refere que a grande maioria dos óbitos devido à gripe se regista em pessoas com mais de 75 anos e em particular em idosos com mais de 85.

O director-geral da Saúde lembra que a gripe pode contribuir para acelerar a mortalidade, estimando que todos os anos pelo menos 1.500 portugueses possam ter o seu final de vida precipitado pela gripe.

Cerca de 100 pessoas foram já admitidas em unidades de cuidados intensivos devido à gripe na época actual, sendo que a grande maioria delas não se encontrava vacinada.

Contudo, para perceber se a mortalidade acima do esperado verificada nas últimas semanas de epidemia de gripe tem efectivamente correspondência num excesso de mortalidade é necessário fazer análises e estudos mais aprofundados que só deverão ser concluídos no final do ano.

Em relação ao vírus predominante este ano (AH3), a subdirectora-geral da Saúde Graça Freitas indicou que a época deste ano foi compatível com outras com vírus idênticos, “não sendo mais dramática” que noutros anos. “Ocorreu o padrão habitual para um vírus desta natureza”, afirmou.

Relativamente à diminuição das temperaturas prevista para os próximos dias, a Direcção-Geral da Saúde lembra que o frio pode precipitar a descompensação por doenças crónicas e lembrou que pediu à rede nacional de delegados de saúde que reforçasse as visitas aos lares de idosos.

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