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Electrificação da linha do Douro avança até à Régua

14 dez, 2016 - 16:43 • Olímpia Mairos

O anúncio foi feito pelo ministro Pedro Marques no âmbito das comemorações dos 15 anos do Douro Património da Humanidade.

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A electrificação da linha do Douro até à Régua é uma “prioridade para o Governo”, anunciou esta quarta-feira, em Vila Real, o ministro do planeamento e das Infraestruturas.

Pedro Marques revelou que em “inícios de 2017 será lançado o concurso público para os estudos prévios”.

“Nós precisamos de comboios mais competitivos, temos tido uma procura muito grande, mas só vamos resolver os constrangimentos de forma plena com a electrificação”, adiantou o ministro, referindo que “a electrificação até à Régua não estava assegurada no plano de investimentos no anterior Governo” e que foi “o executivo PS que decidiu incluir este projecto que já tem financiamento assegurado no âmbito do Portugal 2020.

Segundo Pedro Marques “a electrificação trará muito mais qualidade ao transporte ferroviário e competitividade ao turismo”.

Para além deste “grande investimento”, o ministro revelou que “existe um conjunto de investimentos privados importantes aprovados no sector do turismo para o Douro”.

“E temos muito investimento para fazer, apoiado pelo Portugal 2020, que está contratualizado com a Comunidade Intermunicipal do Douro e que vai estar e desenvolvimento nos próximos anos. São mais de 80 milhões de euros que estão contratualizados”, acrescentou.

“São precisas ferramentas concretas para o Douro”

Durante a cerimónia de comemoração dos 15 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património Mundial da Unesco, Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real afirmou que o Douro para se tornar mais competitivo precisa de “ferramentas concretas e não de medidas paliativas”.

O autarca defendeu a abertura de avisos específicos para o Douro no âmbito do Portugal 2020 e a localização no território de “grandes investimentos nacionais”, mostrando-se disponível para acolher uma fábrica de automóveis eléctricos.

Referindo-se aos 15 anos de património mundial, Rui Santos considera que “este período foi de afirmação do território, mas foi também um tempo que viu sair desta região dezenas de milhar dos seus filhos”.

Para inverter esta situação e fixar a população o autarca entende que “as ferramentas para a construção” do futuro do Douro “não são a pá, a picareta e os braços humanos que moldaram o Douro no passado”.

“As ferramentas hoje chamam-se, por exemplo, Portugal 2020, ou a localização estratégica de grandes investimentos com importante efeito sobre as debilitadas economias regionais”, concretizou.

O autarca criticou ainda a distribuição e aplicação dos fundos comunitários nas várias regiões do país, afirmando que “até 31 de outubro, a Área Metropolitana do Porto tinha visto aprovados, no âmbito do Norte 2020, 1.098 projectos, apoiados em cerca de 370 milhões de euros enquanto na Comunidade Intermunicipal do Douro foram aprovados 68 projectos, apoiados abaixo dos 25 milhões de euros.

“Que coesão territorial será conseguida desta forma?”, pergunta o autarca, defendendo “a abertura de linhas de financiamento específico” para o Douro Património da Humanidade ou para o Barro de Bisalhães Património Imaterial, cujo processo de fabrico foi recentemente classificado pela Unesco.

Já quanto à localização de investimentos estratégicos de dimensão nacional, o autarca de Vila Real considera que é preciso inverter “as lógicas que têm presidido às acções dos governos no passado”.

“Tive a oportunidade, ainda recentemente, de manifestar ao primeiro-ministro a disponibilidade do município de Vila Real para receber no seu território o eventual investimento de uma nova fábrica da TESLA, o mais importante fabricante do mundo de carros elétricos”, revelou.

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  • José Flores
    16 dez, 2016 Marco de Canaveses 19:12
    Não acredito numa única palavra do Senhor Ministro. O projecto da Refer para a linha do Douro, é o desmantelamento, como aconteceu com a linha do Tâmega, só para falar nas promessas socialistas. Eu nem na eletrificação até ao Marco de Canaveses acredito, tal é o ritmo dos trabalhos. Até admito que um grave acidente, vinha mesmo a calhar para justificar o encerramento da linha, como aconteceu no Tua.

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