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Bastonária. Doentes estiveram dois dias sem comer ou receber medicamentos em hospital público

13 dez, 2016 - 11:51

Bastonária da Ordem dos Enfermeiros denuncia na Renascença uma situação que aconteceu no Serviço Nacional de Saúde sem revelar qual a entidade.

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Há um hospital do Serviço de Nacional de Saúde em que os doentes estiveram dois dias sem alimentos e sem medicação. A denúncia é feita pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.

A situação é consequência da falta de recursos. Mas, a responsável não revela qual a unidade em causa, acrescentando que a situação tende a agravar-se nos meses de Inverno.

“Isto é uma denúncia concreta que recebemos dos profissionais que querem manter a segurança dos seus doentes. É uma grande preocupação dos enfermeiros que trabalham no terreno, sobretudo nas urgências dos hospitais, numa altura de grande afluência por causa do Inverno e da gripe”, relata à Renascença Ana Rita Cavaco.

A bastonária fala de espaços sobrelotados. “Se tenho um espaço vocacionado para 10 ou 12 doentes e ponho lá 40, 50 ou 60 pessoas, não tenho condições”, sublinha.

A bastonária diz que os doentes não comeram durante dois dias “porque não havia recursos, e também não havia pessoas: as macas e as paredes não lhes dão de comer”. Na mesma altura, estes doentes também não receberam a medicação devida.

A Renascença está a tentar obter esclarecimentos junto do ministério.

Comentários
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  • Manuela Catita
    17 dez, 2017 Corroios 13:43
    Este país que eu tanto Amo está a ficar um caos... Todos sabemos tudo... Mas as pessoas morrem de fome e de falta de cuidados.... Os nossos profissionais não aguentam e os nossos clientes morrem da doença mas principalmente do abandono....
  • Jose Costa
    16 dez, 2016 Vila do Conde 11:27
    Nao acredito que doentes estiveram dois dias sem serem alimentados.Faça-se rigoroso inquerito e os responsaveis pelo alarmismo ou pela causa depois de provado ou nao sejam severamente punidos pois qualquer destas situaçoes e puro terrorismo
  • José Gomes L
    15 dez, 2016 Lisboa 21:56
    Então agora a geringonça não resolve???? Então a austeridade não acabou????
  • Vítor Diniz
    15 dez, 2016 Caldas da R ainhaainha 20:31
    Nada me espanta a nível de hospitais públicos...fico triste...
  • Manuel Brito
    15 dez, 2016 Brasil 01:18
    Treta de bastonária, sobretudo! Era mais digno, como bastonária, assumir a responsabilidade do que afirma e denunciar a situação concreta perante quem de direito, para que tudo fosse averiguado, desde o facto em si, às circunstâncias do acontecido. Assim, nos termos em que é relatado o facto, eu não acredito! E, sendo verdade, que responsabilidade tem no caso o corpo de enfermagem do dito hospital?
  • Alcinda Lima
    14 dez, 2016 Viana do Castelo 13:46
    Olá boa tarde! Mas os doentes internados a anos que ficam sem comer se os familiares não forem lá dar. Eu falo até de familiares meus, e já lá vão oito anos. Eu nunca vi os enfermeiros a dar comida aos doentes e assim continua! Se o doente não tem condições de puder comer sozinho, ou a família vai lá dar ou fica sem comer. Já presenciei estas tristes cenas muitas vezes, e já dei eu mesma de comer a doentes que estavam no mesmo quarto dos meus familiares.
  • Albertina Correia
    14 dez, 2016 11:40
    Matéria para abrir inquérito, acho eu, mas eu, sou uma ignorante... Mas ela não dá nomes, quem comenta também não da nomes, e assim vamos...Vivendo de coisas fantasiadas, porque por medos calamos, por represálias calamos, para que não nos tratem mal, calamos, para que os nossos que estão acamados não sejam (mais) penalizados, calamos, e assim ficamos mudos , o que faz de nós também "surdos" e "autistas" e com isto sai este enchurrada de comentarios menos proprios e individualizados, porque cada um olha para seu umbigo apenas.....Terceiro mundo nós? talvez, mas existe muito, muito, muito, muito pior, nos ditos de primeiro mundo... Mas com os outros podemos nós bem... Se fosse comigo que faria? pois, só vendo, mas tenho um "problema" compulsivo de chamar tudo pelos nomes, de reclamar mesmo que possa sair bastante penalizada, mas falarei até que a voz me doa, se eu não beneficiar alguém beneficiará...Mas isto seu eu a dizer, que sou uma simples ignorante...
  • MANUEL DA COSTA
    14 dez, 2016 SYDNEY - AUSTRÁLIA 10:34
    Não seria necessário a Bastonária mencionar o Hospital, se os internados que passaram por essas privações, o denunciassem. Não será assim? Se é verdade, os doentes ou seus familiares que se queixem, bastando chamar o Jornal ou a TV. Deixemo-nos de historietas.
  • Mário Guimarães
    14 dez, 2016 Lisboa 09:31
    O doente chamava-se Mário Soares ? Ele esteve dois dias sem comer nas urgências ? A Renascença que vá perguntar ao Hospital da Cruz Vermelha. Bando de idiotas !
  • Maria
    14 dez, 2016 Lisboa 09:14
    Conheço bem o SNS e apesar de todos os seus defeitos não é tão mau como o pintam precisamente graças aos médicos e aos enfermeiros que vestem a camisola e põem os doentes sempre em primeiro lugar. Se alguns o não fazem são os incompetentes ou os negligentes que nunca assumem o seu erro mas que devem ser denunciados e punidos pelos seus pares e instituições para tal habilitadas a bem do prestígio e da honra da classe. Lançar petardos que não se concretizam chama-se difamação. Esta senhora é a mesma que disse que já se praticava "regularmente" eutanásia e que conhecia médicos que o faziam e enfermeiros que eram coagidos a fazê-lo, embora, então, nunca tenha concretizado e apenas lançado acusações vãs para o ar que se provaram falsas como falsas são, seguramente, as que agora menciona. Trabalhei 23 anos no SNS a escassez de pessoal não é de agora e nunca, repito nunca, nem mesmo no outrora caótico Banco de São José, ao qual nem o pior dos piores da actualidade se assemelha, nem mesmo nos momentos mais críticos, os doentes ficaram sem comer ou sem medicação. Esta senhora acha que tudo serve para fazer omeletes mas olhe que não. Olhe que difamar serviços ou pessoas é crime e muito pouco ético Se é verdade e se está tão indignada desmascare os envolvidos, se é verdade e se pauta por valores de honra e de rectidão concretiza Como não deve ser verdade não concretiza mas, como vem sendo hábito, acusa levianamente a ver se pega, lançando a dúvida e ficando à espera que daí algo de bom lhe advenha ou à classe que representa ou sabe-se lá porquê.. Débeis e distorcidos valores os desta bastonária

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