19 nov, 2016 - 09:35
O Vaticano veste-se este sábado em tons de vermelho para a celebração, em latim, do consistório público para a criação de 17 cardeais. É a terceira celebração do género no pontificado do Papa Francisco.
Dos 17 cardeais criados esta manhã, três são de países ainda sem representação no colégio cardinalício: Bangladesh, Ilhas Maurícias e Papua Nova-Guiné.
Do grupo fazem ainda parte 13 novos cardeais eleitores, provenientes de quatro continentes: seis da América (um brasileiro, um venezuelano, um do México e três dos Estados Unidos), três da Europa (Itália, Bélgica e Espanha), dois de África (Ilhas Maurícias e República Centro Africana) e um da Ásia (Bangladesh, país que o Papa deverá visitar no próximo ano).
Do elenco contam ainda quatro cardeais eméritos, com mais de 80 anos, com destaque para o sacerdote albanês Ernest Simoni, com 88 anos, torturado e preso pelo regime comunista.
Simoni foi primeiro cardeal albanês da história e passou 28 anos da sua vida na prisão e em trabalhos forçados nos esgotos da cidade de Scutari (em italiano, Shkodër em albanês).
Com este consistório, Francisco altera o panorama geográfico do colégio cardinalício. A partir de agora, dos 112 eleitores de 59 países, 54 da Europa, 34 da América, 15 de África e 4 da Oceânia.
A celebração, com o rito de entrega do barrete e do anel, começa às 10h00, na Basílica de São Pedro. A cerimónia começa com um momento de oração em silêncio, do Papa, diante do altar da Confissão, sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, seguindo-se a saudação do primeiro dos novos cardeais, D. Mario Zenari (núncio apostólico na Síria), em nome de todos os presentes, antes de uma oração proferida por Francisco, a leitura do Evangelho e a homilia.
Depois da celebração, o Papa Francisco e os novos cardeais deslocam-se de autocarro para um encontro com o Papa emérito Bento XVI.