A+ / A-

CGTP insiste em salário mínimo nos 600 euros no início de 2017

09 nov, 2016 - 15:54

O Presidente da República anunciou que vai ouvir os parceiros sociais sobre o assunto, mas Arménio Carlos diz que a CGTP ainda não foi "convocada" e que apenas sabe da intenção do chefe de Estado pela comunicação social.

A+ / A-

O secretário-geral da CGTP insiste no aumento do salário mínimo nacional para 600 euros no início de 2017, adiando um comentário sobre a necessidade de um acordo de concentração social para além do termo da legislatura.

"Mais do que falar sobre a proposta, nós queremos conhecer os conteúdos da proposta e, a partir dos conteúdos, iremos pronunciarmo-nos", disse Arménio Carlos, esta quarta-feira, quando questionado sobre o anúncio feito na terça-feira pelo Presidente da República de que pretende receber na próxima semana os parceiros sociais para debater a necessidade de um acordo de concertação social que inclua, entre outros pontos, o salário mínimo nacional.

Sublinhando que a CGTP apenas sabe da intenção do chefe de Estado pela comunicação social e que a central sindical ainda não foi "convocada", Arménio Carlos recordou que já é pública a posição que por si é defendida.

"A nossa opinião todos sabem: o salário mínimo nacional deve passar para os 600 euros no início do próximo ano", disse Arménio Carlos, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o presidente do PSD, na sede da CGTP, em Lisboa.

A partir daqui, acrescentou, a CGTP vai "ouvir e ver e ler" aquilo que é apresentado e depois, então, irá pronunciar-se.

Na terça-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a questão do salário mínimo nacional "deveria fazer parte de um pacote de um acordo de concertação social".

"Era bom que houvesse em Portugal um acordo, por exemplo, até 2020, isto é, para além do termo da legislatura. Vamos ver se é possível", afirmou, anunciando que espera debater na próxima semana com os parceiros sociais um acordo de concertação social que inclua, além do salário mínimo nacional, pontos como a lei do trabalho, a lei fiscal e a competitividade.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+