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Governo confiante no interesse chinês em bancos portugueses

10 out, 2016 - 14:31 • Susana Madureira Martins , enviada a Xangai

António Costa mostra-se cauteloso sobre o Novo Banco, mas optimista sobre mais investimento chinês e ligações aéreas.

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Há interesse dos chineses na compra do Novo Banco, mas António Costa mantém-se cauteloso e de poucas palavras sobre esse processo. O primeiro-ministro está no terceiro dia de visita oficial à China, já foram assinados acordos no sector financeiro, mas a venda do Novo Banco continua para já a ser tabu.

António Costa respondeu esta segunda-feira, pela segunda vez na visita, com cautelas a perguntas dos jornalistas sobre a venda do Novo Banco e se esta deslocação oficial está a servir para promover essa venda. Desta vez à pergunta sobre o Novo Banco, o primeiro-ministro respondeu primeiro com o Banif.

“Ainda ontem a Oitante pôde vender uma parte do Banif – o Banif Investimento – e há interesses de investimento há interesses não só de investimento não só no novo banco, mas em outros bancos portugueses”, afirmou António Costa em resposta aos jornalistas portugueses que acompanham a visita.

Quando ao valor do negócio da Oitante, respondeu que “mais tarde ou mais cedo será conhecido”.

Se Costa tem tido cautelas sobre Novo Banco, tem, por outro lado, mostrado abertura total a falar sobre o acordo financeiro que vai permitir às empresas chinesas investirem na plataforma logística do Porto de Sines.

“A Haitong assinou um acordo muito importante com o Banco de Desenvolvimento da China e com a nossa AICEP para, na zona industrial e logística do Porto de Sines, se instalar um conjunto de empresas chinesas que possam, a partir do Porto de Sines, desenvolver actividade, quer na Europa quer para terceiros mercados. A presença financeira de instituições financeiras chinesas no mercado português não vale só por si, vale por aquilo que pode alavancar de investimento chinês ou financiar investimento chinês em Portugal ou a partir de Portugal”, afirmou o primeiro-ministro, confiante de que este é um sector que vai continuar “a ter desenvolvimentos”.

Outro dos acordos já alcançados é a linha aérea directa Pequim-Lisboa, que já estava a ser negociada há dois anos, aquando da visita à China do então Presidente Cavaco Silva. António Costa a deixar o desafio congratulou-se com o acordo, mas espera que se abram outras linhas como Xangai-Lisboa.

A visita oficial de Costa à China termina esta quarta-feira com um longo programa em Macau, que inclui o fórum de empresários e uma visita ao colégio português.

Comentários
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  • MANUEL GAZUA SOLICI
    10 out, 2016 VILA FRANCA XIRA 20:38
    Que venham depressa, antes que fechem,.

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