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Portugal ainda precisa de 2,2 planetas Terra para manter estilo de vida

27 out, 2016 - 07:30

A pegada ecológica é a estimativa do impacto do modo de vida humano sobre o planeta que o World Wide Found for Nature (WWF) divulga.

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Portugal diminuído a sua pegada ecológica, mas ainda necessita de 2,2 planetas Terra para manter o seu actual estilo de vida, segundo um relatório da organização internacional de conservação da natureza - World Wide Found for Nature (WWF).

A pegada ecológica é a estimativa do impacto do modo de vida humano sobre o planeta, que traduz em hectares a área, em média, que uma pessoa ou uma sociedade necessita para responder às suas exigências diárias, como comer, vestir, trabalhar.

De acordo com o Relatório do Planeta Vivo 2016, a pegada ecológica portuguesa situava-se, em 2012, o ano mais recente estudado, em 3,9 hectares globais por pessoa, o correspondente a 2,2 planetas, enquanto, em 2010, era de 4,5 hectares globais por pessoa, o equivalente a 2,6 planetas.

Numa lista de 187 países, Portugal ocupava, em 2012, a 59.ª posição no ranking da pegada ecológica mundial, atrás do Luxemburgo, no topo da tabela, com o pior desempenho ambiental, e de outros países, como Estados Unidos, Austrália, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Suíça e Alemanha.

Em 2010, Portugal estava no 27.º lugar, entre 154 países.

Segundo a organização não-governamental WWF, a redução da pegada ecológica portuguesa pode estar relacionada com "a quebra do poder económico dos consumidores", uma vez que os dados de 2012, analisados no relatório hoje publicado, coincidem com a aplicação do "plano de reajustamento da economia nacional" imposto pela troika internacional.

O carbono, assinala o documento, continua a ser o componente com maior expressão na pegada ecológica portuguesa, seguindo-se a agricultura. A percentagem de ambos os componentes aumentou no cálculo da pegada de 2012, face à de 2010: o carbono, de 41% para 55%, e a agricultura, de 21% para 27%.

Em contrapartida, o peso da pesca no cálculo da pegada ecológica nacional caiu de 22%, em 2010, para 8%, em 2012, em resultado, possivelmente, para a WWF, da perda de poder de compra dos consumidores, que os terá levado a procurar peixes mais baratos.

Comentários
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  • Vasco
    27 out, 2016 Santarém 23:22
    Concluindo, no final de lermos todo o artigo ainda ficamos mais baralhados do que ler apenas o título e chega-se à conclusão que talvez quem invente esta história nem saberá que 9x9 são 81.
  • Manuel Sá
    27 out, 2016 Porto 14:50
    Francisco Melo como veio cá parar? Sua conversa é estranha.
  • Francisco José Melo
    27 out, 2016 Carcavelos 14:42
    "Planeta", deve ser alguma nova medida. Mas o que Portugal precisa mesmo, é de voltar às suas raízes e converter-se a DEUS, o dono de todas as coisas. Portugal e o mundo inteiro! Sem a paz de DEUS, não existe qualidade de vida nem futuro, mas mentirinha de vida.
  • Fausto
    27 out, 2016 Lisboa 12:10
    Alguém pôs um funil a volta daquilo...
  • Carlos
    27 out, 2016 Lisboa 11:33
    Essa organização está a tentar dizer que comemos mais do que aquilo que temos?... Devem se estar a referenciar por padrões criados por especuladores económicos, e não por modelos ecológicos
  • José Saraiva
    27 out, 2016 Viseu 11:25
    mais CONVERSA DA TRETA para criarem mais impostos e TAXAS ECOLÓGICAS....e encher a "pança" de mais meia-dúzia de COMILÕES
  • Anónimo
    27 out, 2016 Sintra 11:19
    Ao ler isto, parece que Portugal é a causa dos males do Mundo o que dá razão aos que diziam vivermos acima das nossas possibilidades e o último parágrafo do texto aponta o caminho "certo" - baixar o poder de compra dos consumidores pois se, até agora, os levou a ir para os peixes mais baratos no futuro novas substituições permitirão melhorar a sustentabilidade da Terra até que, chegados ao ponto ideal, deixem de consumir mas, oxalá não aconteça o mesmo que ao cavalo do outro: quando já estava desabituado de comer...morreu...
  • Jota
    27 out, 2016 Porto 10:54
    SIm, somos um país onde imperam as vaidades que não passam de falsas aparências e isto para não falar da inveja. Parecendo que não, é esta a nossa pegada ecológica
  • JR
    27 out, 2016 LIsboa, Puto 10:43
    Há indivíduos que calados eram uns poetas.
  • Rui
    27 out, 2016 Porto 10:40
    Não me admira, as pessoas não têm dinheiro para comprar automóveis mais eficientes (é só latas importadas) não têm dinheiro para renovar electrodomésticos, em muitos casos têm de andar quilómetros para levar o lixo aos ecopontos etc...

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