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MP abre inquérito a taxista que disse "As leis são como as meninas virgens, são para ser violadas”

24 out, 2016 - 13:03

Declaração do taxista Jorge Máximo motivou queixa da Comissão para a Igualdade de Género.

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O Ministério Público abriu um inquérito relacionado com a queixa da Comissão para a Igualdade de Género (CIG) contra um taxista que, durante uma manifestação do sector, afirmou que “as leis são como as meninas virgens, são para ser violadas”.

"Esse inquérito, que teve origem numa participação da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, encontra-se em investigação no Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa", indicou a Procuradoria-Geral da República em resposta à agência Lusa.

Segundo a queixa apresentada pela CIG, a afirmação proferida pelo taxista Jorge Máximo, o conhecido adepto do Benfica que integrava o protesto desta classe profissional contra plataformas de serviço de transporte de passageiros concorrentes como a Uber ou a Cabify, configura a prática de crimes.

A CIG, “enquanto organismo público responsável pela promoção e defesa da igualdade de género e do combate à violência doméstica e de género”, veio, na altura, “publicamente repudiar a afirmação” proferida pelo taxista e veiculada pela comunicação social.

“Estas declarações são reveladoras de um menosprezo relativamente à dignidade, liberdade e autodeterminação sexual das mulheres e meninas, bem como à sua integridade física e moral, sendo suscetíveis de legitimar e provocar atos de discriminação e de violência. Uma vez que esta conduta pode configurar a prática de crimes de discriminação sexual e de instigação pública à prática de crimes previstos e punidos no Código Penal, a CIG apresentou queixa junto do Ministério Público”, criticou então a CIG.

O protesto dos taxistas, realizado a 10 de outubro no Parque das Nações, deveria ter seguido até à Assembleia da República, mas não avançou além da Rotunda do Relógio, onde ocorreram confrontos com a polícia, tendo os manifestantes bloqueado a zona do aeroporto de Lisboa durante mais de 15 horas.

A contestação estava relacionada com as novas regras para as plataformas electrónicas como a Uber e a Cabify. Os taxistas exigiram que o número de veículos afetos àquelas plataformas seja limitado, à semelhança do que acontece com os táxis.

Comentários
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  • rosinda
    25 out, 2016 palmela 00:21
    porque razao o ministerio publico foi abrir um inquerito o homem se ainda hoje ele disse na televisao que era preferivel que antes lhe tivesse dado uma trombose eu nunca liguei a isto penso que a julia pinheiro tambem lhe devia ter pedido desculpas por ter chamado fascista .
  • Jota
    24 out, 2016 Lisboa 20:07
    Este idiota já nos habituou a dizer asneiras.O homem pensava que estava lá no clube dele ali para os lados de Carnide num daqueles dias de futebol.
  • fanã
    24 out, 2016 aveiro 16:35
    Dar tanto relevo mediático a um IMBECIL inculto, é que é desnecessário !
  • AM
    24 out, 2016 Lisboa 14:53
    Tantos jornalistas, que todos os dias dizem asneiras, e muito mais gravosas, e não há ninguêm que lhes toque... O homem, é algum pretexto para branquear resmas de jornalistas mal formados? Onde está a deontologia destes malandros jornalistas mal formados? E o MP, não tem mais nada que se fazer, a colocar isto na praça publica? Sr. Paulino, SFF, seja isento, acabe com esta fantuchada! Faça-o pela sua Renascença... Isto é jornalismo? Ora...

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