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D. António Marto pede mais empenho no acompanhamento de casais em crise

22 out, 2016 - 16:35 • Paula Costa Dias

“Há que olhar para o matrimónio como uma vocação e um projecto a construir”, refere.

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O bispo da diocese de Leiria-Fátima pede aos agentes ligados à pastoral familiar que olhem para as dificuldades actuais como um desafio e oportunidade e que se empenhem mais no acompanhamento dos casais em crise.

Nas Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar, que decorrem em Fátima, D. António Marto apresentou as linhas fundamentais da encíclica “A alegria do Amor” e falou da necessidade de uma conversão.

Em declarações à Renascença, D. António Marto lembrou que “passou o regime de Cristandade em que as famílias e o matrimónio cristão tinham apoio dentro da própria família, na cultura, na sociedade e hoje é uma opção”. Por isso, defendeu o bispo, “há que olhar para o matrimónio como uma vocação e um projecto a construir”.

Outro aspecto que o Papa salienta na encíclica é, acrescenta o bispo, “acolher, acompanhar, discernir e integrar” o que “exige um novo modo de ser Igreja e um novo modo de ser pastor”. Um pastor que “acolhe a todos, que não deixa as pessoas sós”, uma Igreja “do discernimento, que responsabiliza as pessoas num caminho de discernimento de consciência, de discernimento espiritual e pastoral”.

Citando o Papa Francisco, D. António Marto disse que “não se pode condenar alguém eternamente”.

É uma mudança de mentalidades que leva tempo, admitiu D. António Marto, e que vai ser alvo de reflexão na próxima assembleia plenária dos bispos a realizar em Novembro.

Subordinadas ao tema “A alegria do Amor e os desafios à pastoral familiar”, estas 28ªs. Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar decorrem este fim-de-semana no Seminário do Verbo Divino em Fátima.

Comentários
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  • Zé da Quinta
    22 out, 2016 Algures em Portugal 17:25
    A Família, principalmente a Família Cristã é, hoje, motivo de chacota social. Vive-se cada vez mais para o "eu mesmo" deixando a pouco e pouco o "nós" a "nossa Família". A sociedade assim nos obriga, esta correria diária persistente deixa-nos constantemente a desejar momentos solitários para podermos fazer um reset e continuar. E cada vez mais há menos espaço para o conjunto, para o núcleo familiar, a atenção ao cônjuge e aos filhos. E a perda é imensa, tanto a nível pessoal como comunitário. É a desagregação da união entre o casal, em prol do individualismo. Este é o desafio que as Famílias enfrentam por estes dias.

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