21 out, 2016 - 17:16
O líder parlamentar do PS afirmou hoje que os socialistas estão disponíveis para "aceitar propostas de qualquer partido sem excepção" de alteração ao Orçamento para 2017 que respeitem os seus compromissos externos e internos.
Carlos César falava aos jornalistas no Palácio de Belém, no final de uma audiência convocada pelo Presidente da República, a propósito da notícia de que o PSD vai apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2017.
"Da parte do grupo parlamentar do PS há disponibilidade, não só para melhorar o Orçamento naquilo que seja entendido que ele deve ser melhorado, como aceitar propostas de qualquer partido político sem excepção que tenham mérito e que sejam capazes de assegurar esse equilíbrio orçamental e os grandes objectivos com que nos comprometemos no plano externo, e também no plano interno com os nossos parceiros", declarou.
O líder parlamentar do PS começou por defender que a proposta de Orçamento do Estado para 2017 está "muito perto da sua versão final", porque foi elaborada "de forma muito cuidadosa e com grande sentido de responsabilidade" num processo negocial com os partidos da actual maioria de esquerda.
"Mas isso não significa que a Assembleia da República esteja destituída daquilo que são os seus poderes, que é justamente o de aprovar com ou sem alterações o Orçamento do Estado", ressalvou.
Questionado se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, partilha a visão do Governo sobre o Orçamento, Carlos César respondeu que não pode falar em nome do chefe de Estado.
"O que lhe posso dizer é que o PS partilha muito da posição do Presidente da República", acrescenta.
Na sua intervenção inicial, o líder parlamentar do PS sustentou que a proposta de Orçamento do Estado repõe rendimentos e estabelece medidas de promoção do investimento e do crescimento económico, com respeito pelos compromissos com a União Europeia em matéria de défice e de dívida.
"Estou convencido de que esse conjunto de orientações farão com que a confiança seja reforçada e que, com a resolução dos problemas do sector financeiro, também seja possível, a par da mobilização dos fundos estruturais, ter um ano que do ponto de vista económico seja mais prometedor do que este ano de 2016 e muito mais do que o ano de 2015", declarou.