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Igrejas de Portugal e de Espanha querem parcerias na comunicação social

07 jun, 2016 - 16:17 • Ângela Roque

Açores acolhe reunião dos bispos que nos dois países coordenam o sector dos média. “Parcerias e redes na comunicação na Igreja” é o tema do encontro deste ano.

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Os bispos portugueses e espanhóis querem estreitar relações e formar parcerias ao nível da comunicação social. Decorre por estes dias o encontro ibérico que se celebra alternadamente em Portugal e Espanha e cujo principal objectivo é “o estreitamento das relações pessoais e a partilha das experiências de informação que existem nos dois países”, diz à Renascença o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Todos os anos há um tema de fundo que se procura aprofundar. “Parcerias e redes na comunicação na Igreja” foi o escolhido para este ano, porque é urgente que a Igreja saiba dar bom uso aos meios que já tem, explica D. Pio Alves. “As parcerias são fundamentais, não só pela escassez de recursos, mas também para potenciar a comunicação. É preciso que a Igreja saiba, em primeiro lugar, rentabilizar os seus recursos disponíveis, no todo do país e em cada uma das dioceses, mas também por via das parcerias poder entrar, estar e oferecer os seus serviços à comunicação generalista”.

A importância das redes sociais na forma como se comunica actualmente é outra das perspectivas em análise neste encontro. “A realidade das redes é uma realidade incontornável, e cada vez mais deve fazer parte dos nossos instrumentos e suportes de comunicação”, sublinha.

Há muitas diferenças entre o que se passa em Portugal e Espanha? D. Pio diz que não, “a realidade basicamente é a mesma”, mas até há uma vantagem no lado português: “Apesar de todas as dificuldades com que contamos, em Portugal temos uma relação mais fluida com a comunicação social generalista, muito mais do que acontece em Espanha”.

A experiência dos últimos anos leva o bispo auxiliar do Porto a concluir que estes são encontros importantes, que tanto a Igreja portuguesa como a espanhola valorizam: “Não se trata de uma assembleia magna, somos um grupo restrito de pessoas ligadas às duas comissões episcopais, mas ajuda-nos a fazer a leitura do que acontece em cada país. E há aspectos que nós não valorizamos aqui e lá são valorizados, e vice-versa. Portanto, há sempre coisas que se podem aprender e perspectivas que se abrem também no campo da colaboração entre os dois países”.

O bispo de Angra é o anfitrião das jornadas que estão a decorrer em Ponta Delgada. Em declarações ao portal “Igreja Açores”, D. João Lavrador, que também integra a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, diz que esta é também uma “oportunidade para projectar a região”, onde a comunicação social da Igreja “é uma referência”.

O Encontro Ibérico das Comissões Episcopais e Comunicação Social começou na segunda e termina quarta-feira de manhã, com a apresentação das conclusões.

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  • Luis
    08 jun, 2016 Lisboa 14:09
    Compreende-se. O rebanho já não acredita no pastor e em cada dia que passa vai ficando mais pequeno. Há que criar novas formas de fazer passar a mensagem porque a populaça já não come tudo o que lhe dão a comer.

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