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DocLisboa. Uma "cápsula" ou "bola de cristal" a dar um panorama sobre o mundo

26 set, 2016 - 18:35

Na programação, a par das secções competitivas, dos programas "Riscos", "Verdes Anos" ou "Heart Beat", este ano o DocLisboa inaugura a secção "Da Terra à Lua". De 20 a 30 de Outubro em várias salas de cinema, conta com 46 filmes portugueses, 13 em competição.

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Uma nova secção, um novo prémio e um programa com 259 filmes fazem do 14º Festival Internacional de Cinema DocLisboa, em Outubro, uma edição "muito aventurosa, aberta", um "ponto de encontro" em torno do documentário, foi anunciado esta segunda-feira.

O DocLisboa, apresentado pelos directores Cíntia Gil e Davide Oberto, decorrerá de 20 a 30 de Outubro em várias salas de cinema e contará com 46 filmes portugueses, 13 em competição.

Na programação, a par das secções competitivas, dos programas "Riscos", "Verdes Anos" ou "Heart Beat", este ano o DocLisboa inaugura a secção "Da Terra à Lua", descrita por Cíntia Gil como uma espécie de "cápsula ou bola de cristal" que dará um panorama sobre o mundo.

Nela caberão filmes como "Austerlitz", de Sergei Loznitsa, "Between Fences", de Avi Mograbi - que estará em Lisboa - e "Lo and Behold, Reveries of the connected world", de Werner Herzog.

Nesta secção estarão também dois filmes portugueses em primeira exibição mundial: a curta-metragem "Paris 15/16", de Teresa Villaverde, e a longa "Pedra e cal", de Catarina Alves Costa.

Em parceria com a Fundação José Saramago e com a livraria Lello é criado um prémio para o melhor filme maioritariamente falado em língua portuguesa, um galardão transversal a todas as competições.

Durante o DocLisboa será ainda apresentado um novo projeto da associação Apordoc, intitulado "SCI-DOC", vocacionado para projetos e filmes de divulgação científica.

Para a competição internacional foram seleccionados 18 filmes, entre os quais "Correspondências", de Rita Azevedo Gomes, a partir das cartas escritas entre Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen, e que esteve em competição em Locarno.

Na competição portuguesa estão 12 filmes, como "Ama-San", de Cláudia Varejão, já premiado na República Checa, "A cidade onde envelheço", produção luso-brasileira de Marília Rocha, "Cruzeiro Seixas - As Cartas do rei Artur", de Cláudia Rita Oliveira, e "O espectador espantado", de Edgar Pêra.

A secção "Cinema de Urgência", que acolhe filmes que escapam ao regular ciclo de produção de cinema, que dá voz a filmes não profissionais ou por iniciativa de cidadãos anónimos, contará com uma projecção intitulada "#Fora Temer", a propósito da nomeação de Michel Temer para o lugar da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

A direcção do DocLisboa tinha já anunciado anteriormente outros momentos da programação deste ano, nomeadamente o ciclo "Por um Cinema Impossível: documentário e vanguarda em Cuba", sobre o impacto da produção documental pós-revolução cubana, e a retrospectiva dedicada ao realizador inglês Peter Watkins, 80 anos, pioneiro do "docudrama" e que estará em Lisboa.

A abertura do festival dá-se com "Oleg y las raras artes", do venezuelano Andrés Duque, e o encerramento com "Nos interstícios da realidade", de João Monteiro, sobre o realizador português António de Macedo.

A secção "Heart Beat" abrirá com o filme "Sons do Gueto", da dupla Tim&Barry, sobre o movimento criativo em torno da editora portuguesa Príncipe Records e contará ainda com filmes como "Junun", de Paul Thomas Anderson, "Man With a Hundred Faces or The Phantom of Herouville", de Gaëtan Chataigner, com David Bowie, e "O Dia em Que a Música Morreu", de Bruno Ferreira, a partir de uma ideia original dos Linda Martini.

O DocLisboa acontecerá na Culturgest e no Cinema São Jorge, mas terá também programação na Cinemateca, nos museus Calouste Gulbenkian e Oriente e festas diárias no Palácio do Príncipe Real.

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