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Vistos gold. Ministério Público acusa 11 jornalistas por violação de segredo de justiça

06 set, 2016 - 19:19

Foram sujeitos a termo de identidade e residência.

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O Ministério Público (MP) acusou 11 jornalistas, incluindo directores e subdirectores, de um jornal e de uma revista, pelo crime de violação de segredo de justiça no caso "vistos gold", informou esta terça-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Segundo a PGDL, ficou indiciado que os arguidos, agora sujeitos a termo de identidade e residência, tiveram, de modo não apurado, acesso a informações de actos processuais do inquérito.

"Depois, sabendo que aquele inquérito se encontrava em segredo de justiça, os arguidos publicaram, respectivamente, na revista e jornal em que exercem funções, em Abril e Junho de 2014, o conteúdo de diferentes actos processuais realizados naquele processo", indica a PGDL.

O inquérito foi dirigido pela 9.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

O caso "vistos gold" vai levar a julgamento os 17 arguidos, incluindo o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, o antigo presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo, o ex-director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Manuel Jarmela Palos, a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes e empresários chineses.

A investigação da "Operação Labirinto", efectuada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), está relacionada com a aquisição de vistos "gold" por cidadãos estrangeiros interessados em investir e residir em Portugal, estando em causa indícios de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

Comentários
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  • porque será?
    07 set, 2016 Santarém 17:43
    Já alguém reparou do barulho que os esquerdolas armaram no passado contra os vistos gold e parece que continua, no entanto o caso mais estranho é que afinal parece que nunca tiveram tanta procura como agora e o negócio vai de vento em popa, afinal o que antes parecia ser deplorável agora é divinal.
  • Fields
    07 set, 2016 Lx 04:11
    Pena que nestes casos não há prisões efetivas para exemplo, tal como acontece noutros casos. Para quando o agravamento da pena para estes crimes por forma a permitir escutas, do que é que têm medo!
  • Fátima
    07 set, 2016 guarda 03:16
    11 Jornalistas acusados por dizer verdades. E onde estão os gatunos corruptos como a portas e o hetero - penso eu de que - antigo da administração interna, muitos outros mais, a passear os milhões que roubaram á Nação?
  • que jornal?
    06 set, 2016 lx 21:30
    Que revista?...
  • Cc
    06 set, 2016 Lisboa 21:02
    Por favor estes senhores são os heróis , lamento mas sem os nossos jornalistas que nos informam as atrocidades que são cometidas pelas pessoas que deviam ser o exemplo de seriedade de facto apenas se servem em aproveito próprio, que pena ter esta escumalha ao serviço do estado.
  • André
    06 set, 2016 Gaia 19:43
    Podiam era dizer que os jornalistas também estão envolvidos noutra situação de fuga de informações (caso Marquês) e que o ministério público nunca se importou com essas fugas de informação. Neste caso, avançaram logo com acusações aos jornalistas, no caso Marquês, ignorou-se e nunca se ligou nenhuma. Tal como aconteceu com o caso Casa Pia onde um jornalista que era membro destacado de um partido com assento parlamentar, foi apanhado em flagrante a tirar fotografias do processo, acabou por não poder trabalhar naquele processo. De resto, o processo que lhe moveram na ordem, foi suspenso em 2012 e arquivado sem mais investigações.

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