Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Governo manifesta "profundo pesar" por morte de militar do curso de Comandos

05 set, 2016 - 14:03

Um militar morreu no domingo à noite devido a um "golpe de calor" depois de um treino em Alcochete. Outro militar ficou ferido devido às mesmas causas.

A+ / A-

O ministro da Defesa manifestou esta segunda-feira "profundo pesar" pela morte de um militar de um curso de Comandos. Azeredo Lopes já transmitiu à família do falecido a sua "solidariedade pessoal e do Governo neste momento de dor e sofrimento".

"Foi com profunda consternação que o ministro da Defesa Nacional recebeu ao final da noite de ontem [domingo] notícia do sucedido pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte. O ministro da Defesa Nacional teve já esta manhã a possibilidade de falar com a família e transmitir-lhe a sua solidariedade pessoal e do Governo neste momento de dor e sofrimento", diz a nota enviada à imprensa pelo Ministério da Defesa.

Um militar morreu no domingo à noite devido a um "golpe de calor" depois de um treino do curso de Comandos.

"Os familiares e os camaradas" do militar falecido, nota o Governo, "estão a receber apoio psicológico disponibilizado pelo Exército", e "foram também tomadas todas as diligências necessárias para se apurar as circunstâncias e causas desta morte trágica".

O Exército esclareceu já que apesar da morte de um militar e de um outro ter ficado ferido no domingo, os treinos vão continuar, embora adaptados ao tempo quente que está previsto para esta segunda-feira.

Os incidentes ocorreram ambos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, embora em locais diferentes. O incidente do militar que veio a falecer ocorreu pelas 15h40 e o do ferido cerca de uma hora mais tarde.

De acordo com a mesma fonte, os treinos de domingo "não foram suspensos, foram adaptados", o mesmo sucedendo para esta segunda, com a previsão de realização de mais treinos, igualmente adaptados às condições atmosféricas.

De acordo com uma primeira nota do Exército português, o militar falecido, que frequentava o 127.º curso de Comandos, sentiu-se "indisposto durante uma prova de tiro (tiro reactivo)" tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução, que lhe diagnosticou "um golpe de calor".

Esse facto determinou a saída do militar da instrução e a sua transferência para a enfermaria de campanha, onde terá ficado em observação, segundo a mesma nota.

Como após o jantar a situação clínica do militar piorou, o médico optou pela sua retirada para um hospital, mas acabou por morrer após uma paragem cardiorrespiratória antes de chegar a ser transferido.

Segundo o Exército, houve ainda um outro militar que se sentiu indisposto na instrução técnica de combate (progressão no terreno), ao qual também foi diagnosticado com "golpe de calor" e retirado, numa primeira fase para a enfermaria de campanha, e mais tarde, cerca das 23h40 para o hospital do Barreiro.

O chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o "trágico acontecimento ocorreu", pode ler-se ainda na nota, que adianta também que a Polícia Judiciária militar já se encontra a tomar conta da ocorrência.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Zequinha da Costa
    06 set, 2016 Coimbra 14:14
    Profundo pesar sinto eu porque daqui a uns dias vão-me aumentar o gasóleo para se pagar mais esta despezona ...
  • Miguel Botelho
    05 set, 2016 Lisboa 23:36
    A guerra é uma estupidez e esta morte foi totalmente desnecessária. Os Comandos deveriam responder diante da justiça.
  • Zé nabo
    05 set, 2016 Venda da Porca 15:30
    Profundo pesar não traz de volta o militar. Quando fui militar e já lá vão mais de 50 anos, recordo-me de que um mero ARVORADO, obrigava um recruta a ter que resistir ao que o seu físico não conseguia suportar. Recordo-me de numa parada ver camaradas meus a cair devido ao calor e umas divisas vermelhas ou amarelas a insulta-los com todos os piores nomes .

Destaques V+