31 ago, 2016 - 07:33
O Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, convidou os candidatos presidenciais dos Estados Unidos - o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton - a visitar o seu país.
“Aceitei o convite do Presidente mexicano e estou desejoso de me encontrar com ele”, confirmou o republicano através do Twitter.
Segundo a presidência mexicana, Peña Nieto enviou, na passada sexta-feira, "convites aos dois candidatos" que foram recebidos em "bons termos pelas suas respectivas equipas de campanha".
Numa entrevista à emissora Televisa no passado dia 16 de Agosto, Peña Nieto disse que o seu Governo "está disposto a trabalhar com quem eventualmente seja escolhido Presidente dos Estados Unidos", em Novembro.
Questionado sobre se se reuniria com Donald Trump, que durante a sua campanha fez declarações ofensivas contra os imigrantes mexicanos, Peña respondeu afirmativamente.
"Gostaria eventualmente de dialogar com os dois candidatos. Porque creio que é importante. Ouvi diferentes argumentos, o que se disse nos discursos, e parece-me que há uma visão distorcida do que realmente significa a relação entre o México e os Estados Unidos", sustentou.
Em Junho, durante o anúncio da sua candidatura à Presidência, Trump garantiu ter o perfil de um "grande líder" e ofendeu a comunidade hispânica. O magnata classificou os mexicanos de "criminosos" e "violadores" e afirmou que "o México não envia para aqui a sua melhor gente. Está a enviar gente com muitos problemas: que trazem drogas, crime ou são violadores. Admito que alguns sejam boas pessoas, mas falo com guardas fronteiriços e é essa a ideia comum", declarou o multimilionário.
Caso seja eleito Presidente dos Estados Unidos a 8 de Novembro, Trump já anunciou que quer mudar a política de imigração, prometendo construir um muro com mais de três mil quilómetros na região fronteiriça e "pago pelo México".
Contudo, parece ter havido uma mudança nos termos utilizados pela campanha do empresário. A sua nova directora de campanha esclareceu, na semana passada, que o candidato republicano à Presidência quer, afinal, uma política de imigração justa, que "respeite os americanos que estejam à procura de empregos bem remunerados".