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Ban Ki-moon: Chegou a hora de uma mulher liderar a ONU

16 ago, 2016 - 15:22

Para o actual secretário-geral das Nações Unidas, “está na hora” de uma mulher chefiar as Nações Unidas pela primeira vez.

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O actual secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que chegou a altura de a organização internacional ter liderança feminina. O cargo de secretário-geral é disputado por 11 candidatos, incluindo cinco mulheres.

“Temos muitas líderes mulheres distintas e eminentes em governos nacionais ou em outras organizações ou mesmo em comunidades empresariais, comunidades políticas e culturais, e em todos os aspectos da nossa vida”, afirmou o secretário-geral da ONU durante uma deslocação ao estado norte-americano da Califórnia, citado pela imprensa internacional.

“Não existe nenhuma razão para que isso não aconteça nas Nações Unidas”, acrescentou o representante que está na recta final do seu segundo mandato de cinco anos.

Para o actual secretário-geral, segundo o jornal britânico “The Guardian”, “está na hora” de uma mulher liderar as Nações Unidas pela primeira vez desde que aquela organização internacional foi fundada há mais de 70 anos e após oito homens terem assumido tal responsabilidade.

Actualmente, o cargo de secretário-geral das Nações Unidas está a ser disputado por 11 candidatos: seis homens e cinco mulheres.

Entre os candidatos está o ex-primeiro-ministro português e antigo Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados António Guterres.

Ban Ki-moon frisou que a decisão de escolher o próximo líder da ONU não será sua, recordando que compete aos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas recomendarem um candidato e a respectiva aprovação aos 193 membros da Assembleia-geral.

Nas duas votações informais realizadas até à data junto dos 15 estados-membros do Conselho de Segurança da ONU António Guterres foi o candidato mais apoiado.

Sem dar nomes, Ban Ki-moon disse que existem “muitas distintas e motivadas líderes mulheres que podem realmente mudar o mundo”, que podem assumir uma posição proactiva junto a outros líderes mundiais.

“Esta é a minha humilde sugestão, mas isso compete aos Estados-membros”, concluiu.

A ministra dos Negócios Estrangeiros argentina, Susana Malcorra; a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, a directora-geral da UNESCO, a búlgara Irina Bokova; a costa-riquenha Christiana Figueres (que tem o mais alto cargo relacionado com o clima na ONU) e a vice-primeira-ministra da Moldávia e ministra dos Negócios Estrangeiros e da Integração Europeia, Natalia Gherman são as mulheres que desejam assumir a liderança da ONU.

A ex-ministra croata Vesna Pusic também foi candidata, mas desistiu da corrida.

A próxima votação informal dos membros do Conselho Segurança da ONU, a terceira, está agendada para 29 de Agosto.

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  • rosinda
    16 ago, 2016 palmela 22:36
    uma mulher de preferencia que nao receba subvençoes vitalicias!
  • CF
    16 ago, 2016 Beja 17:38
    Pois então que seja uma mulher e que mude o mundo e que mude também o funcionamento rotineiro das nações unidas.
  • Rui
    16 ago, 2016 Povoa 16:51
    Têm de ser uma mulher.. Apenas pq nunca nenhuma foi? As competências n contam?? N me importo nada que seja uma mulher... Mas pelas competências dela e não apenas por ser mulher... Qualquer dia será um cigano apenas por nunca ter sido eleito um, ou um anão, ou um skinhead, um padre, um geova, um gay... Parabéns a quem ganhar.. Pelas suas competências e não pelo genoma
  • Silva Marques
    16 ago, 2016 Tomar 16:31
    É efectivamente uma opinião, mas profundamente fora de tempo, já que se assim o entendia o Sr. Secretário Geral teve muito tempo para a promover. Ao proferi-la neste momento, já na fase de seriação, não deixa de ter carácter partidário e de influência, pelo que no mínimo é deselegante para com a "outra classe de género". Enfim, grandes lideres vão-nos ensinando que são muito humanos com as gafes que cometem, ... quem sabe seria melhor, considerar a idade como condicionante para Secretário Geral, ou outros cargos de relevante importância, já que assim se evitaria a inevitável delapidação da imagem das instituições que esses senhores representam.

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