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Papa propõe "não-violência" como caminho político para a solução de conflitos

26 ago, 2016 - 15:29 • Com Ecclesia

Tema marca a mensagem para o 50° Dia Mundial da Paz do próximo ano.

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O Papa Francisco escolheu o tema “A não-violência: estilo de uma política para a Paz” como título da sua mensagem para o 50° Dia Mundial da Paz, que se vai celebrar a 1 de Janeiro de 2017, anunciou hoje o Vaticano.

“O Santo Padre deseja indicar um passo seguinte, um caminho de esperança apropriado às circunstâncias históricas presentes: chegar à solução das controvérsias através das negociações, evitando que elas degenerem em conflito armado”, avança a sala de imprensa da Santa Sé, em comunicado.

O texto adianta que o Papa quer mostrar a sua preocupação com a “difusão dos focos de violência” que gera “experiências sociais gravíssimas e negativas”.

A Santa Sé realça que a expressão “não-violência” pode assumir “um significado mais amplo e novo”.

“Não apenas aspiração, inspiração, rejeição moral à violência, às barreiras, aos impulsos destruidores, mas também método político realista, aberto à esperança”, pode ler-se.

Recordando aquilo a que o Papa chama “III Guerra Mundial aos bocados”, a nota refere que “a violência e a paz estão na origem de dois modos opostos de construir a sociedade”.

“A paz tem consequências sociais positivas e permite um verdadeiro progresso. Devemos, portanto, agir nos espaços possíveis, negociando caminhos de paz, até mesmo onde tais caminhos parecem tortuosos ou impraticáveis”, acrescenta a explicação do tema escolhido pelo Papa.

A mensagem de Francisco vai propor “um método político fundado na primazia do Direito”.

“A ‘não-violência’, entendida como método político, pode constituir um meio realista para superar os conflitos armados”, sustenta o Vaticano.

Francisco recorda ainda a necessidade de respeito pela cultura e a identidade dos povos, convidando a “reconhecer a primazia da diplomacia diante do estrondo das armas”.

Outra das preocupações para o próximo Dia Mundial da Paz é o tráfico de armamento: “O tráfico ilegal das armas sustenta muitos conflitos no mundo. A ‘não-violência’, como estilo político, pode e deve fazer muito mais para superar este flagelo”.

A mensagem do Papa para o dia 1 de Janeiro é enviada para os Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e também designa a “linha diplomática da Santa Sé para o novo ano”, contextualiza ainda o Conselho Pontifício da Justiça e da Paz.

O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.

Comentários
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  • João Carlos Campos
    27 ago, 2016 Viseu 10:25
    Porque ainda há pessoas que pensam e agem como no antigo testamento e ainda não conhecem (ou não querem conhecer) a verdadeira pessoa de Jesus Cristo.
  • Mario
    26 ago, 2016 Portugal 22:06
    Cristianismo, Islamismo, Religiões vindas dos desertos que só trazem guerras e ódios. As crenças dos nossos antepassados não eram essas eram em harmonia com a natureza. Agora quer pelo judaísmo como pelo islamismo somos gentios e no Cristianismo pecadores. Implantaram, pela força na Europa a religião cristã abolindo as crenças dos nossos ancestrais e agora querem fazer o mesmo com o islamismo. Antes de eles terem qualquer religião já tínhamos a nossa mas foi cruelmente abolida. Se quisessem realmente seguir o que Jesus dizia penso que o Vaticano praticaria mais misericórdia e não era um estado super rico quando existem muitas bocas para alimentar e injustiças em todos os cantos do mundo. Pregão aquilo que nunca praticaram, deviam dar o exemplo. E se realmente existisse Um Deus tão poderoso como apregoam Jesus nunca seria crucificado, quem deixaria o seu único filho morrer assim sem nada fazer e tendo tanto poder?
  • madalena pereira
    26 ago, 2016 aveiras de cima 16:48
    eu proponho colocar, em arena, dirigentes que se querem guerrear e eles que se guerreiem!!!!! boa?????

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